DivulgaçãoCarlos Búrigo, Cleber Benvegnú, Fábio Branco e Ronald Krummenauer participaram da reunião com coordenadores   Divulgação

Em reunião na manhã desta segunda-feira com representantes de coordenadorias regionais de educação, o governo do Estado informou que pretende demitir professores com contratos temporários que aderiram à greve do magistério, iniciada em 5 de setembro. A exoneração ocorrerá se houver substituto disponível para a função. Os secretários da Casa Civil, Fábio Branco, e do Planejamento, Governança e Gestão, Carlos Búrigo, pediram aos coordenadores um levantamento de educadores nessa situação. 

Durante o encontro, os integrantes do Piratini sustentaram que a paralisação tem "caráter político" e que não ajuda a resolver os problemas do Estado. Em seguida, houve apresentação de medidas que foram tomadas para tentar superar o déficit.

Os secretários pediram "maior ativismo" dos coordenadores, que foram incumbidos de explicar a situação financeira do Estado a diretores e educadores. Além dos professores grevistas, funcionários de escola que não estão indo trabalhar também terão desconto no salário devido ao corte do ponto. 

Conforme Fábio Branco, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está analisando a liminar concedida pela Justiça impedindo a decisão de corte do ponto de grevistas:

— Vamos tentar cassar essa liminar e fazer isso sempre com a verdade.

LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989.
Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.

O Cpers manifestou-se sobre a pretensão do governo:

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É a força da nossa Greve que está desestabilizando o governo Sartori (PMDB). Por isso, ele está fazendo ameaças de cortar o ponto e demitir os contratados. Esta perseguição política e tortura psicológica mostram que Sartori não tem argumentos para convencer a categoria e a sociedade de que seu governo é benéfico para a população e a educação pública.

Vamos continuar firmes, fortalecer ainda mais anossa Greve, tornar ainda mais forte o apoio dos pais e alunos. Estamos juntos com a comunidade escolar defendendo a educação pública, enquanto Sartori quer destruí-la.

É por isso, que colocou como secretário de educação um empresário ligado a agenda 2020, o qual quer tornar a educação uma mercadoria e não mais um direito de cada ser humano.

VAMOS CONTINUAR DEFENDENDO A EDUCAÇÃO PÚBLICA, NOSSA DIGNIDADE PROFISSIONAL E DERROTAR O PACOTE DE MALDADES DE SARTORI!

 

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