IDH do RS cresce abaixo da média
Índice de desenvolvimento gaúcho cresce abaixo da média nacional
Estado teve crescimento de 12,3%, enquanto país subiu 18,7% no ranking
O crescimento do percentual gaúcho no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) foi menor do que brasileiro. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 29, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para o Brasil.
No comparativo de 2010 com o último índice avaliado, em 2000, o Estado cresceu 12,3%, passando de 0,664 para 0,746. Já o Brasil passou de 0,612 para 0,727, crescendo 18,7%. Na análise comparativa de um período maior, de 1991 a 2010, o crescimento do IDHM gaúcho também foi inferior, de 37,6%, enquanto o nacional foi de 47,4%.
Veja aqui a lista de todos os municípios
Porto Alegre é a única cidade gaúcha que está entre os cinquenta primeiros colocados no ranking, ocupando a 28º posição, com 0,805. Entre as outras cidades do Estado mais bem colocadas estão Carlos Barbosa (53º), Três Arroios (62º), Ipiranga do Sul(62º), Lagoa dos Três Cantos (71º), Garibaldi (87º), Nova Araçá (92º), Casca (92º), Ivoti (100º) e Santa Maria (100º).
O índice vai de 0 a 1 e considera indicadores de saúde, renda e educação. Os três maiores índices do país estão nas cidades de São Caetano (SP), com 0,862, Águas de São Pedro (SP), com 0,854, e Florianópolis (SC), com 0,847.
IDH municipal do Brasil cresce 47,5% em 20 anos, aponta Pnud
País estava no nível 'muito baixo' de desenvolvimento humano em 1991. Com resultado de 2010, divulgado nesta segunda (29), saltou para 'alto'.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, segundo o "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com a publicação, a cidade com o IDHM mais elevado é São Caetano (SP), e os municípios que tiveram maior evolução no quesito "renda" são das regiões Norte e Nordeste.
A classificação do IDHM geral do Brasil mudou de "muito baixo" (0,493), em 1991 para "alto desenvolvimento humano" (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do Brasil era 0,612, considerado "médio".
O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores. O IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global, que o Pnud divulga anualmente e que compara o desenvolvimento humano entre países.
Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio").
Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637 (128%). Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991). No indicador longevidade, o crescimento foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.
Categoria 'muito baixo' encolhe
Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”, segundo classificação criada pelo Pnud. Atualmente, 0,57% dos municípios, ou 32 cidades das 5.565 do país, são consideradas de “muito baixo desenvolvimento humano”.
De acordo com os dados do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", 85,8% dos municípios brasileiros faziam parte do grupo de “muito baixo desenvolvimento humano” em 1991. Em 2000, esse número caiu para 70% e, em 2010, despencou para 0,57% .
As faixas classificatórias do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDHM) são "muito baixo" (0 a 0,499); "baixo" (0,500 a 0,599); "médio" (0,600 a 0,699); "alto" (0,700 a 0,799) e "muito alto" (0,800 a 1).
Atualmente, 74% das cidades se encontram nas faixas de “médio” e “alto desenvolvimento”, e cerca de 25% deles estão na faixa de “baixo desenvolvimento”. Apesar da evolução, o Nordeste ainda tem 61,3% dos municípios na faixa de “baixo desenvolvimento humano” e no Norte, 40,1% das cidades estão nessa classificação. As duas regiões não têm nenhum município nas faixas de “muito alto” e “alto” desenvolvimento.
Para Jorge Chediek, representante residente do Pnud no Brasil, o país teve "progresso extraordinário".
"O Brasil tem mostrado um progresso extraordinário em termos de saúde, educação e distribuição de renda. Isso mostra que é possível, em pouco tempo, mudar as condições de um país", disse Chediek.
As regiões Sul e Sudeste têm a maioria dos municípios concentrada na faixa de “alto desenvolvimento humano”, 64,7% e 52,2%, respectivamente. No Centro-Oeste e no Norte, a maioria dos municípios é considerada como “médio desenvolvimento”: 56,9% e 50,3%, respectivamente.
Consulte o IDHM do seu município aqui
ONU divulgou Índice de Desenvolvimento Humano Municipal no Brasil. São Caetano, SP, lidera ranking das cidades mais desenvolvidas.
