A guerra de Tróia

A guerra de Tróia

 

A guerra de Tróia

 


Por dez anos os troianos resistiram ao ataque dos gregos. Mas acreditaram que o monstro de madeira era um presente inocente

Teria sido uma guerra da cidade de Tróia, no atual território da Turquia, contra várias cidades-estados da Grécia, em algum período entre os anos de 1 500 e 1 200 a.C.

O mito da guerra de Tróia resiste ao tempo. Passam-se os séculos e a aventura narrada na Ilíada de Homero, um dos primeiros e maiores clássicos de todos os tempos, continua a fascinar gerações. Muitos consideram essa guerra e tudo o que a cerca como o ponto de partida da história da Grécia (Tróia também era conhecida como Ílion, por isso o livro se chama Ilíada).

Mas o que o poeta grego, que teria vivido no século 8 a.C., conta na obra? Em primeiro lugar, ele não presenciou o conflito. Compôs a Ilíada mais de 400 anos depois, com base em relatos orais. O resultado é um enredo de guerra, amor e morte em que até os deuses descem do Olimpo para meter o bedelho.


Segundo a mitologia grega, quem começou a confusão foram três deusas – e tudo por causa da vaidade. Durante uma festa de casamento para a qual não tinha sido convidada, a deusa da discórdia, Eris, disfarçou-se e jogou no meio do salão uma maçã de ouro com os dizeres: “Para a mais bela”. Ela queria ver o circo pegar fogo.

 

Cena do filme Tróia


Hera, Afrodite e Atena começaram a discutir sobre qual delas era a mais bonita e, portanto, digna de ficar com a maçã. Pediram para Zeus decidir. Ele, muito malandro e não querendo se queimar com nenhuma delas, disse algo como: “O quê? Tô fora. Vai perguntar pro Páris”. Páris era filho do rei de Tróia.

As três tentaram suborná-lo. Uma ofereceu glórias militares, outra ofereceu sabedoria e Afrodite disse que, se ela fosse a escolhida, daria a ele a mulher mais espetacular do mundo. Adivinhe quem o cara escolheu...


Para cumprir a promessa, Afrodite se sentiu obrigada a ajudar Páris a raptar Helena, mulher do rei de Esparta.


E lá foram eles para Esparta. Páris visitou Helena, jogou um charme e, aproveitando um vacilo do rei Menelau, fugiu com ela para Tróia. O traído Menelau, todos os ex-candidatos a maridos de Helena e mais Hera e Atena ficaram furiosos. Declararam guerra e se prepararam para resgatar Helena.


E assim começou a luta. O cerco às resistentes muralhas de Tróia durou dez anos. Os gregos só conseguiram penetrar na superprotegida cidade graças à astúcia de um gênio militar. No relato de Homero, quem teve a idéia do famoso cavalo oco foi o herói Odisseu. Os gregos de Esparta construíram o gigantesco animal de madeira e o deixaram na porta da cidade rival.

Os troianos aceitaram o presente imaginando que fosse uma proposta de paz. Abriram os portões e empurraram o cavalo para dentro, sem imaginar que dentro dele estavam os melhores guerreiros inimigos. Os gregos mataram os sentinelas e escancararam os portões para todo o exército entrar. Foi um massacre. É daí que vem a expressão “presente de grego”, que se refere a algum presente dado com segundas intenções. Tróia ficou em ruínas. Helena foi levada de volta para casa. Toda a família real troiana, incluindo Páris, foi morta.




VERDADEIRO OU FALSO?



A obra de Homero eternizou a guerra de Tróia. É óbvio, no entanto, que os versos da Ilíada não são um relato fiel do que aconteceu na cidade. Até hoje, por exemplo, não foram encontradas evidências da existência da estonteante Helena ou do sedutor Páris.


Por outro lado, descobertas arqueológicas indicam que, por trás da lenda, existem verdades. “Homero mistura na sua obra, como era típico da cultura grega da época, relatos históricos com narrativas míticas. Mas a história que ele conta é verossímil, apesar de ser muito difícil separar o joio do trigo”. É como se, daqui a milhares de anos, alguém assistisse a um filme de guerra de Hollywood. Como ele irá saber o que aconteceu de verdade e o que saiu da imaginação dos roteiristas?



ESQUELETOS



Já no fim do século 19, pesquisas conduzidas na Turquia levaram à descoberta de Tróia, não muito longe de Istambul. Sobre suas ruínas havia escombros de outras nove cidades erguidas no mesmo lugar. A existência da cidade estava, então, comprovada. Recentemente, novas escavações fizeram mais revelações. “Esqueletos humanos, inscrições de cerâmica e as próprias muralhas da cidade comprovam que Tróia foi atacada diversas vezes em um curto período de tempo, vindo a sucumbir completamente”, conta o arqueólogo Manfred Korfmann, líder de uma equipe de 350 especialistas que vem esmiuçando a região desde 1993. Segundo o arqueólogo, a descoberta de antigos muros que cercavam a cidade, além de cerâmicas que reproduzem o formato das muralhas, indicam que Tróia foi um local muito importante e um possível alvo de potências emergentes.


Professor da Universidade de Tübingen, na Alemanha, Korfmann também sai em defesa de Homero. Segundo ele, o poeta grego descreveu corretamente a geografia local. “Não existe nenhum registro arqueológico que contradiga a percepção de que Tróia e a região ao redor da cidade formaram o cenário histórico da Ilíada”, diz o arqueólogo. “Tudo sugere que o poeta deve ser levado a sério. Seu relato do conflito militar entre gregos e troianos é baseado na memória histórica dos eventos.”


Diane Kruger, como Helena no cinema


Helena - a mais bela das mulheres.

A bela que colocou em guerra as duas maiores potências de uma época


Na mitologia grega, Helena (em grego: Ἑλένη, transl. 'Karine') era filha de Zeus e de Leda, irmã gêmea da rainha Clitemnestra de Micenas, irmã de Castor e de Pólux e esposa do rei Menelau de Esparta. Quando tinha onze anos foi raptada pelo herói Teseu. Porém seus irmãos Castor e Pólux a levaram de volta a Esparta.

Possuía a reputação de mulher mais bela do mundo. Helena tinha diversos pretendentes, que incluíam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros. Finalmente um dos pretendentes, Odisseu (cujo nome latino era Ulisses), rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e o marido que ela escolhesse, qualquer que fosse. Helena então se casou com Menelau, que se tornou rei de Esparta.

Helena teve uma filha com Menelau, Hermíone.

Numa viagem a Esparta, Páris encontra a princesa Helena, que está casada com Menelau, irmão de Agamenon, filhos de Atreu, rei de Micenas. Após nove dias entretendo Páris, Menelau, no décimo, parte para Creta, para os rituais fúnebres de Catreu, seu avô materno. Helena e Páris fogem para Troia, abandonando Hermíone, então com nove anos de idade; Menelau, Agameon, Aquiles e outros reis juntam-se numa guerra contra Troia. E vencem a guerra


Existem várias versões sobre o seu fim. Segundo Pausânias, após a morte de Menelau, ela foi expulsa do reino pelo seu enteado, Nicostrato. Foi morar com a rainha Polixo de Rodes, que fingiu ser sua amiga mas queria vingança pela morte do marido Tlepólemo. Quando Helena estava tomando banho, a rainha mandou as servas vestidas de Erínias a enforcarem
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Fontes: Guia do Estudante, Revista Aventuras na História, Wikipédia

 
http://curiosidadeshistoria.blogspot.com.br/




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