Votação sem público
Em sessão extraordinária e sem público, Assembleia vota projetos do governo nesta quarta
Luís Eduardo Gomes
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Edson Brum (PMDB), anunciou no início da tarde desta quarta-feira (16) que os deputados votarão em sessão extraordinárias os projetos que deveriam ter ido a plenário na terça, mas não foram em função do protesto dos servidores do Estado que impediram o acesso de deputados e funcionários à Casa. A votação deve ocorrer com galerias vazias, já que nesta quarta a Brigada Militar foi mobilizada desde cedo, instalando grades e impedindo a passagem dos manifestantes.
Após o anúncio, Brum se dirigiu para encontro com o governador José Ivo Sartori, cumprindo promessa feita aos servidores, para pedir que o Executivo retire a urgência dos projetos a serem votados nesta tarde.
Pela manhã, o presidente da Assembleia se reuniu com lideranças do movimento unificado que voltaram a reivindicar a retirada da urgência dos projetos encaminhados pelo governo do Estado, alegando que, no dia anterior, o movimento cumpriu sua parte no acordo, e apenas uma pequena parcela impediu a entrada de funcionários e deputados na Casa.
A presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que se os projetos do Executivo forem aprovados, as categorias farão uma mobilização, com o objetivo de explicar o que aconteceu e divulgar os nomes dos deputados e como votaram. “Vamos expô-los para que assumam a responsabilidade”. A presidente do Cpers definiu como “antidemocrático” realizar a votação a portas fechadas.
Entre os projetos do ajuste fiscal do governo que podem ser votados esta tarde estão os de extinção das fundações de Pesquisa e Produção em Saúde (Fepps) e de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs), além do que institui o regime de previdência complementar. Essas propostas foram encaminhadas pelo Piratini em regime de urgência, e por isso passaram a trancar a pauta nesta terça, já que completaram um mês na Casa, período em que teriam de ser votadas.
Para a abertura da sessão de votação dos projetos, é necessário o quórum de 28 deputados, contando o presidente. Para aprovar as propostas de extinções das fundações, o governo precisa de maioria simples. Já para emplacar o projeto que institui o regime de previdência complementar, o Piratini precisa de maioria absoluta, no caso 28 votos, por se tratar de lei complementar.
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