Repúdio a declaração do Secretário

Repúdio a declaração do Secretário

Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais repudia declaração do Secretário da Fazenda Giovani Feltes

Nesta terça-feira, dia 24, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o secretário da fazenda, Giovani Feltes, afirmou que o pagamento dos servidores estaduais só poderá ser feito em dia, sem parcelamento, se for aprovado na Assembleia Legislativa o projeto que permite ao Estado captar R$ 300 milhões junto à montadora General Motors.

Além disso, afirmou que o governo não tem dinheiro para o pagamento do 13º dos servidores públicos. Feltes disse ainda que os servidores que quiserem receber o valor do 13º terão que pedir empréstimo no Banco Banrisul e pagar os juros do empréstimo.


O Movimento Unificado dos Servidores repudia veementemente a declaração do secretário. É inadmissível que, além de todos os meses os servidores serem ameaçados com o parcelamento de seus salários, tenham que passar por mais esta humilhação de pedir empréstimo ao banco para receber o que lhes é de direito: o 13º salário.


O direito constitucional a receber o salário no final do mês já não está sendo respeitado pelo governo. Não vamos admitir mais essa afronta! Somos trabalhadores e exigimos que nossos direitos sejam respeitados!

http://cpers.com.br/movimento-unificado-dos-servidores-publicos-estaduais-repudia-declaracao-do-secretario-da-fazenda-giovani-feltes/


Projeto que busca recursos da GM para pagar servidores é aprovado na Assembleia

Com isso, o governo do Estado oferecerá desconto à montadora para que devolva R$ 302 milhões em financiamentos obtidos pelo Fomentar-RS. Verba será usada para pagar salários do funcionalismo.

Por: Juliana Bublitz              24/11/2015
Deputados deram aval a projeto que, segundo o governo, garante pagamento de salários de servidores na próxima segunda  Foto: Lauro Alves / Agencia RBS


O projeto de lei apresentado pelo Palácio Piratini para viabilizar a captação de R$ 302 milhões junto à General Motors (GM) foi aprovado na tarde desta terça-feira, na Assembleia. Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, disse que, sem esse dinheiro, o governo do Estado não conseguiria pagar os salários dos servidores do Executivo em dia na próxima segunda-feira.

Governo precisa de dinheiro da GM para pagar a folha em dia, diz Feltes

Na prática, o texto oferece desconto de 17,75% (Selic mais 3,5%) para que a GM antecipe a devolução de recursos obtidos por meio de incentivos fiscais, via Fundo de Fomento Automotivo do Rio Grande do Sul (Fomentar-RS). Os valores só seriam revertidos aos cofres estaduais ao longo dos próximos 20 anos, porém sem esse desconto.

Sartori busca recursos com a GM para pagar o funcionalismo

Apesar de receber o apoio da base aliada, a proposta foi alvo de críticas da oposição. A bancada do PT votou contra, embora uma operação semelhante tenha sido feita no governo Tarso Genro (PT) no fim de 2014, com a antecipação de R$ 90 milhões devidos pela GM.

Na época, não foi preciso enviar projeto à Assembleia porque o desconto oferecido era o que já estava previsto em decreto de 2004 (Selic mais 2%).

— Os dois casos são totalmente diferentes. No caso do governo Sartori, o deságio de 1,5% a mais é um absurdo, por isso somos contrários. Não estamos sendo contraditórios. Estão abrindo mão de receita futura — disse o líder da bancada petista, Luiz Fernando Mainardi.

Na tribuna, o deputado Valdeci Oliveira (PT) afirmou que, para receber R$ 302 milhões, o Piratini "está abrindo mão de R$ 1,1 bilhão em receita futura", projetando o deságio sobre o período em que o valor devido seria pago (em torno de 17 anos).

A estimativa foi contestada pela Secretaria da Fazenda. Por meio da assessoria de imprensa, o titular da pasta, Giovani Feltes, afirmou que "o que deve ser levado em conta é o valor nominal negociado com a empresa, de R$ 340 milhões". Esse valor começaria a ser pago em 2016. Com o deságio proposto, a perda para o Estado, segundo ele, seria de R$ 38 milhões hoje.

Os aliados do governador José Ivo Sartori também rebateram as críticas dos petistas. Gabriel Souza (PMDB) culpou a gestão de Tarso Genro pela ruína financeira do Estado e cobrou coerência do PT. Frederico Antunes (PP) disse que, diante das dificuldades, "está se fazendo o que é possível".

— Optamos por trazer essa discussão para a Assembleia por total transparência. Poderíamos ter feito por decreto, como no governo passado. Mas não queríamos isso. O problema é que, para o PT, o que vale é o quanto pior, melhor — afirmou o líder do governo na Assembleia, Alexandre Postal (PMDB).

A cúpula do Piratini assegura ter a adesão da montadora à proposta. Em reunião realizada no último dia 13 com secretários de Estado, representantes da GM teriam confirmado a decisão de antecipar a quitação imediatamente, assim que a nova lei fosse publicada.

O Piratini trabalha com a possibilidade de que isso ocorra o mais tardar nesta quinta-feira, o que garantiria a transação em tempo hábil, já que a folha será paga na segunda-feira.

Procurada por ZH na segunda-feira, a direção da GM informou, por meio da assessoria de imprensa, que não se manifestaria sobre o assunto. 

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/11/projeto-que-busca-recursos-da-gm-para-pagar-servidores-e-aprovado-na-assembleia-4914514.html




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