Reforço de PMs da reserva
Burocracia atrasa reforço de PMs da reserva na segurança de escolas estaduais, diz secretário
Parceria foi anunciada em agosto do ano passado e estimativa era de que os policiais estivessem prontos para o trabalho no começo do ano letivo
O secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, confirmou ao blog ABECÊ, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira, que 208 policiais militares (PMs) da reserva serão chamados neste ano para atuar em escolas estaduais localizadas em regiões com maiores índices de criminalidade, principalmente em Porto Alegre.
A parceria com a Brigada Militar para o retorno à ativa de PMs já havia sido confirmada em agosto do ano passado pelo secretário, após divulgação de uma pesquisa que mostra como a violência afeta o cotidiano escolar no Rio Grande do Sul. A estimativa era de que os policiais estivessem prontos para o trabalho no começo do ano letivo. No entanto, segundo Alcoba, a burocracia impediu o cumprimento do prazo.
— Houve alguns questionamentos da Controladoria e Auditoria do Estado (Cage), mas o convênio está em fase final — disse o secretário, sem definir um novo prazo.
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Os policiais que retornarem à ativa receberão uma gratificação de R$ 2,4 mil para o trabalho junto à escolas. Segundo Alcoba, o orçamento aprovado para este ano prevê a atuação de 208 profissionais por meio do termo de cooperação entre a Secretaria de Educação e a BM. Eles atuarão fardados e armados e farão a segurança do prédio e do entorno das instituições de ensino.
— Vai garantir uma sensação de mais segurança nas escolas e no entorno delas. Será um serviço de segurança mais concatenado com o batalhão, com o serviço de inteligência, evitando crimes na região — afirmou o secretário.
Terão prioridade escolas com histórico de ataques, como o Colégio Ildo Meneghetti, alvo frequente de criminosos desde o começo deste ano. Também serão privilegiadas instituições situadas em áreas com maiores indicadores de violência.
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