Redução da jornada em sala
"O ambiente da sala de aula é muito estressante, nos adoece e desestimula, por isso é preciso diminuir o tempo em sala de aula", diz a professora Patrícia Marreiros, de São Paulo
Da Redação / Imagem: pixabay
Um grupo independente de professores iniciou campanha pela redução da jornada em sala de aula sem diminuição salarial. O público-alvo é a educação básica das redes municipais e estaduais de todo o país. A meta é conseguir uma ampla simpatia (inclusive fora do magistério) em torno dessa política para, futuramente, se apresentar uma proposta no Congresso Nacional sobre essa questão. Os idealizadores creem que com o andamento dos trabalhos não faltarão parlamentares progressistas dispostos ajudar.
A estratégia dos educadores é melhorar artigo da Lei 11.738/2008, que já trata desse tema. Por essa legislação, 1/3 da carga horária dos docentes deve ser usado para atividades pedagógicas, ou seja, fora da sala de aula. A proposta visa ampliar para 50% esse direito. Se o docente tem, por exemplo, quarenta horas semanais, apenas vinte seriam cumpridas em sala.
Alegam os professores que tal medida ajudaria e muito a diminuir a enorme sobrecarga em cima dos docentes, o que tem feito inclusive com que muitos abandonem precocemente a carreira em todo o Brasil. "O ambiente da sala de aula é muito estressante, nos adoece e desestimula, por isso é preciso diminuir o tempo em sala de aula", diz a professora Patrícia Marreiros, de São Paulo, uma das idealizadoras do movimento.
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Os organizadores solicitam que tal iniciativa seja compartilhada com todos os profissionais do magistério e até outras categorias. "Num primeiro instante, queremos divulgar a ideia para ganhar apoio à mesma", declara o professor piauiense Judson Ramos.