Professores serão mais prejudicados

Professores serão mais prejudicados

Especialistas advertem: Professores estão entre os mais prejudicados pelo pacotão de reformas do governo! 

“Os professores estão entre os profissionais que ganham menos no país, mesmo se comparados a outros de mesma formação e até de formação inferior. As medidas os tornarão ainda mais pobres, eles não podem aceitar”, diz economista

O pacotão de reformas do (des)governo Temer (PMDB) na prática prejudica todo o conjunto da classe trabalhadora, seja da iniciativa pública ou privada, independentemente de quem ganha mais ou menos. No entanto, alguns setores serão mais duramente penalizados, dentre eles o dos professores que efetivamente trabalham em sala de aula.

Veja alguns pontos das reformas que atingem em cheio os educadores e em seguida comentários de especialistas:

  • Terceirizações. Imagine uma escola pública ou privada onde uma parte dos docentes seja terceirizada. Os terceirizados, além de ganhar menos, serão usados para dificultar eventuais lutas dos efetivos das redes públicas ou dos que ainda estiverem sob a vigência da CLT na rede privada. Qual terceirizado terá coragem de, por exemplo, aderir a uma greve? Sem lutas, salários tendem a diminuir ainda mais.

  • Fim da aposentadoria especial e idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. Isto é quase uma sentença de morte para o magistério. Tradicionalmente, as redes públicas e privadas contam com um percentual feminino bem maior que o masculino em sala de aula. Ao acabar o direito de o docente se aposentar 5 anos antes, como é pelas regras atuais, o governo condena os professores a um duríssimo sofrimento, principalmente as mulheres.

  • PEC 55 – A do corte de gastos no serviço público por 20 anos. A partir de 2018, oficialmente prefeitos e governadores já estarão com ainda mais argumentos para não repor perdas salariais históricas dos docentes ou sequer pagar o piso nacional do magistério. Muitos inclusive utilizaram essa desculpa já agora em 2016.

  • Reforma Trabalhista. Embora já contemplada no projeto das terceirizações, a reforma que Temer propõe neste setor acaba na prática com o direito a férias remuneradas e até 13º salário, pois sairá o que está na CLT e entrarão em cena as negociações entre patrões, governos e empregados. Os sindicatos da educação terão forças para enfrentar os inimigos?

A opinião dos especialistas

Segundo o paulista Fernando M Costa, mestre em educação, as medidas do governo Temer trarão uma piora substancial ao setor, em especial ao público. “Os professores, a médio prazo, ficarão ainda mais desestimulados a encarar a sala de aula e a tendência é diminuir a procura por cursos de graduação para o magistério”, o que vai precarizar ainda mais o setor”, diz.

O médico clínico geral Afonso N S Gouveia, do Rio, alerta que aumentar o tempo de trabalho dos professores em sala de aula os exporá ainda mais a problemas de saúde. “É muito comum professores com menos de dez anos em sala de aula já desenvolverem problemas às vezes graves nas cordas vocais, coluna e outros, como depressão e problemas cardíacos. Eles não aguentarão essa idade mínima que o governo quer aplicar”, opina.

Para o economista curitibano Herculano V Bezerra, Michel Temer é um criminoso. “Os professores estão entre os profissionais que ganham menos no país, mesmo se comparados a outros de mesma formação e até de formação inferior. As medidas os tornarão ainda mais pobres, eles não podem aceitar”, pondera.

Para a professora piauiense Carmelita Moreira, a saída é organizar todos os trabalhadores em educação, públicos ou privados, e partir para a luta contra as medidas do governo. “Dia 28 de abril tem Greve Geral. Nenhum trabalhador em educação pode deixar de aderir”, adverte

 

http://maisvisto.com/2017/03/31/especialistas-advertem-professores-estao-entre-os-mais-prejudicados-pelo-pacotao-de-reformas-do-governo-saiba-mais-e-compartilhe/

 




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