Postura do governo na greve
CPERS espera mudança de postura do governo
Além da greve dos professores, o número de escolas ocupadas segue subindo no Rio Grande do SuL
A greve dos professores estaduais segue com uma adesão de 60% a 70%, conforme o CPERS
Laura Becker lluz@band.com.br
Está marcada para a próxima terça-feira (31) uma nova reunião envolvendo o CPERS Sindicato e o Governo do Estado. A categoria espera alguma novidade por parte do governo, já que não houve acordo nos outros dois encontros realizados anteriormente. Na segunda-feira, um dia antes da reunião, a categoria vai realizar um ato em frente ao Palácio Piratini.
“Nós esperamos que o governo se sensibilize. A nossa greve segue com uma adesão de 60% a 70%. Durante mais de 40 anos o governo teve problemas econômicos e muitos governantes conseguiram buscar soluções ou, pelo menos, mediar problemas”, ressalta a vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho.
Paralelo à greve dos professores, os alunos seguem realizando ocupações nas escolas em todo o Rio Grande do Sul. De acordo com o levantamento do grupo Ocupa Tudo RS, são 140 instituições ocupadas até agora, em 54 municípios. O movimento das ocupações passa dos 15 dias no Estado. Inicialmente, atos de boicote aos alunos foram registrados, mas agora não há confirmação de novos casos.
“As ocupações nunca tinham acontecido em tal volume, mas o saldo delas é positivo: o que estão acontecendo são aulas de cidadania, oficinas e debates organizados pelos alunos. Estudantes estão limpando as escolas, cortando grama, fazendo alimentação, ou seja, cuidando mais das instituições do que o próprio Estado”, afirma a vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho.
Além do reajuste salarial de 24%, o sindicato que representa os professores quer a retirada de uma proposta do governo estadual que prevê que empresas possam fazer investimentos nas escolas em troca da exposição de publicidade nos colégios. O Executivo estadual afirmou que pode retirar a urgência do projeto, enviado à Assembleia Legislativa em fevereiro. No entanto, o CPERS exige que o PL seja retirado de tramitação.