Lembrar significa recordar, relembrar. Nem sempre lembramos aquilo que é preciso, mas certamente o que nos interessa. Nesse interesse seletivo da memória está a opressão da história em si. Mais opressora ainda se torna essa versão dos fatos quando aquilo que não compactua com ela, passa a ser mentira. Uma pesquisa recente mostra que o tempo de concentração dos seres humanos é menor que o de um peixinho dourado, oito segundos. 

Oito segundos é tempo suficiente para entender a opinião de alguém?

Os dados da pesquisa que durou 10 anos e foi realizada pela empresa Microsoft Corporation, mostraram que a capacidade de atenção dos humanos diminuiu quatro segundos. O motivo estaria relacionado ao uso dos dispositivos tecnológicos, e também com a forma como se raciocina para interagir em rede. Parece pouco, mas 4 segundos são importantes na média, e pela média, você já teria deixado de ler esse texto.

Além das memórias pessoais, que se baseiam em experiências particulares, existe a memória coletiva. Essa memória diz respeito a cultura, para poder conhecer através dela e para além de si, as outras pessoas. Mais do que concentração é preciso empatia.

Não reconhecer a memória dos outros é também um ato de violência porque significa não reconhecê-los como portadores de suas histórias. Significa julgar a capacidade de discernimento da pessoa, e também sua sanidade. Para a psicanalista Bárbara Conte, “o que não é lembrado volta sob a forma de violência”.

Motivos políticos, julgamentos e preconceitos podem conduzir ao discurso de ódio, mas também a falta de empatia e a falta de conhecimento. Esses fatores são essenciais para entender porque se torna impossível dialogar com uma pessoa que se baseia em um vocabulário agressivo. Não se pode debater quando não se é reconhecido.

Arte: Felipe Lima

Discurso de ódio

Durante a votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff(PT), o deputado Jair Messias Bolsonaro(PSC-RJ) utilizou seu tempo de pronunciamento em rede nacional, com transmissão ao vivo, para homenagear o coronel Brilhante Ustra, primeiro militar reconhecido como torturador durante a ditadura militar brasileira.

“Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, o meu voto é sim”, disse Bolsonaro. O ato em defesa dos militares foi considerado ofensivo por militantes de organizações sociais. A denúncia de “apologia a tortura” foi levada ao Supremo Tribunal Federal pela OAB/RJ que pediu a cassação do mandato do deputado.

Mesmo com a denúncia ele voltou a afirmar sua posição. Não é de hoje que Bolsonaro é reconhecido por suas declarações e atitudes agressivas na Câmara. Bolsonaro é o rosto do inimigo quando o assunto são as pautas e políticas públicas referente às mulheres, a comunidade LGBT, a violência policial e aos representantes dos direitos humanos no Congresso.

“Esse posicionamento que estamos presenciando pedindo pelo retorno da ditadura, tem como raiz duas vertentes: uma que é o desconhecimento sobre o que foi o Estado de exceção que ocorreu no Brasil durante o período da ditadura civil-militar, onde além de ficarem abolidas as garantias aos cidadãos frente à violência de Estado, foi o próprio Estado que, ao invés de proteger estas garantias, promoveu a violência”, afirma Barbara Conte, psicanalista do projeto Clínicas do Testemunho que propõe a reparação às violações cometidas pelo Estado entre os anos de 1946 a 1988.

Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

Apesar das polêmicas, Bolsonaro acabou se tornando o representante para uma parcela da população. Nas intenções de voto divulgadas pelo Datafolha no começo deste ano, o candidato aparecia com 8% das intenções para a presidência em 2018. Em 2014 foi o deputado mais votado no Rio de Janeiro e seus discursos ecoam na internet, onde é conhecido como “Bolsomito” pelos fãs e seguidores de redes sociais. Juntos, os seguidores somam mais de três milhões.

“O discurso de ódio representa isso, como não se tem argumentos, se vence pela força”, afirma Hernán Ramírez, professor de História da Unisinos e pós-doutorado em Ciência Política.

O discurso de ódio está em seus representantes, mas também nas reivindicações “verde e amarelo”. As manifestações que tomaram as ruas pedindo o fim do mandato da presidenta Dilma Rousseff, também se caracterizaram pelo perfil de seus participantes. Durante os eventos que foram protagonizados por um pato inflável amarelo, os manifestantes de grife pediam o retorno da ditadura militar, o fim da corrupção, das cotas, dos programas sociais, do comunismo, do PT e qualquer um que estivesse andando pela rua de vermelho poderia ouvir um “vai pra Cuba”, ou mesmo ser agredido, como chegou a acontecer.

Esse ódio é explicado pela psicanálise como uma “pulsão de destrutividade que é constitutiva do ser humano, porém, esta pessoa está na cultura e, portanto, estabelece relações de identificação e de amor com outras pessoas que aplacam sua ânsia de destruição”. “Quando estamos diante da violência e do poder, dizemos que as condições de alteridade, de laços amorosos e de identificação com os outros está rompido ou impedido e os atos de exceção e violência se sobrepõe ao projeto civilizatório”, explica Barbara Conte.

Bruno Lima Rocha, professor de Ciência Política e Relações Internacionais afirma, “o fascismo existente nestas afirmações está na moral conservadora, na negação do outro (ausência de alteridade), na afirmação da norma ‘ocidental’ (judaico-cristã, capitalistas, conservador, heteronormativa) como valor único e na disposição para gerar o caos para que deste surja um novo sentido de ordem”.

Rocha complementa, “o problema societário está na capacidade de massificação desta postura e os confrontos inevitáveis daí advindos, o preconceito ao outro, para a diversidade, para as ideias igualitárias, na defesa das populações originárias e quilombolas, terminam ganhando um sentido mais amplo daqueles que ‘vivem nas tetas do Estado’, parasitas sociais, ou outros termos ofensivos”.

Foto: Guilherme Santos/ Sul21

Para ele, é este conjunto de ideias retrógradas que está ganhando “uma vertente de linha chilena e que pode representar a candidatura de Jair Bolsonaro”. “Mesmo não sendo candidato, se ele colar a sua imagem a algum candidato, podem receber estes 8% de votos, 10% talvez e bastando organizar dez por cento de seus eleitores como recursos mobilizados e teremos uma massificação do neofascismo no Brasil”, analisa o professor.

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Memória e ditadura no Brasil

Depois da votação do impeachment em que o nome de Ustra foi relembrado e elogiado por Bolsonaro, a página do torturador recebeu um aumento de 3,300% em novas curtidas pelo Facebook. Para Jair Krischke, historiador, preso político durante a ditadura no Brasil e presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), “esse tipo de discurso com viés fascista ou neonazista prospera junto a juventude, especialmente quando essa juventude começa a não ter perspectivas”, que é o caso do país hoje, segundo o historiador. “Isso porque os fascistas e neonazistas tem sempre um discurso messiânico, salvacionista”, pontua Krischke.

Sônia em depoimento sobre João Carlos Haas e o golpe militar

Para Sônia Haas, irmã de João Carlos Haas, médico morto e desaparecido durante a ditadura militar, as homenagens a Ustra e a saída da presidenta Dilma Roussef tiveram grande impacto nas suas memórias. “Um sentimento de impotência que fica na gente, de tristeza.” Para ela, o irmão “deu a vida para que nós hoje pudéssemos estar vivendo esse momento crítico, de revisão da democracia”. Sônia acabou se envolvendo na militância pela reparação da memória de presos, mortos e desaparecidos políticos no Brasil, “esta é a minha bandeira, é o resgate da história e dos restos mortais dos entes perdidos na Guerrilha do Araguaia”.

Resgatar a história é preciso, esquecê-la jamais. Para a psicanalista Bárbara Conte, o desconhecimento é fruto da “política de silenciamento, habilmente arquitetada por quem esteve do lado do regime ditatorial (civis e militares) e pelos militares que até hoje não abriram seus arquivos e ainda protegem os torturadores, que até o momento da existência das Comissões Nacional e Regionais da Verdade, através de denúncias efetuadas, sequer haviam sido nomeados, punidos, nem pensar”, esclarece Conte.

Analisando a eficiência das Comissões de Verdade e Justiça, Barbara afirma que elas foram “parcialmente” eficazes. As audiências públicas foram importantes pois trouxeram “à público o testemunho de quem viveu a ditadura civil militar brasileira no próprio corpo, em função da tortura”. Para Conte as medidas foram “instituídas tardiamente” o que reforça a falta de maturidade da democracia brasileira. “A nossa democracia é jovem e pouco consistente na ação de quebrar o silenciamento e de punir quem exerceu a violência de Estado” reforça.

Para Bárbara, que integra o Conselho da Associação Psicanalítica Sigmund Freud, esta é a quarta fase da justiça de transição, “que busca recuperar a memória do que foi vivido e ocultado, silenciado como um mecanismo de poder”. Essa recuperação da memória é produzida pelo projeto Clínicas do Testemunho, “o projeto é uma parceria da Comissão de Anistia/Ministério da Justiça com instituições psicanalíticas, que visa fornecer escuta às pessoas afetadas pela violência de estado durante o período da ditadura civil-militar brasileira, além de capacitação aos agentes e profissionais da área pública e privada no trato dos efeitos da violência de Estado”, explica Bárbara.

Charge de Arnaldo Angeli Filho

No Brasil a anistia serviu para torturadores e torturados. Para Jair Krischke, militante e representante da causa dos anistiados no país, o texto da Lei de Anistia “diz que estão anistiados os crimes políticos ou conexos, mas no segundo parágrafo diz que os crimes contra pessoa não estão anistiados”. Para ele, os militares utilizaram uma interpretação da lei para conseguir se livrar da condenação. “Crime contra pessoa não estão anistiados, isto é tão verdade que a anistia é de agosto de 79, e em fevereiro de 80 ainda tínhamos presos políticos em greve de fome porque continuavam presos, eram acusados de crimes de sangue.”

“E o que os senhores militares e policiais fizeram? Mataram, torturaram, desapareceram, são crimes contra a pessoa, não estão anistiados”.

Enquanto conversamos sobre memórias, o telefone toca. “Quem me telefonava é um sujeito que nasceu em Hong Kong, chegou no Brasil não tinha nem 2 anos de idade”. “Se criou em Porto Alegre, estudou, fez vestibular, tirou primeiro lugar na UFRGS, formou-se, foi o orador da turma.” Suspiro. “Acabou preso pela ditadura, passou sete meses desaparecido, depois tiraram o documento de identidade brasileiro e trocaram por um documento de estrangeiro, para expulsá-lo.” “Ele passou um ano e meio longe da mulher e da filhinha pequena”. O telefonema vinha dos Estados Unidos, onde mora atualmente o ex preso político. Ligava para saber o clima da política no país, estava preocupado pelas notícias que lia sobre o processo de impeachment e a formação do governo interino. Estava se colocando à disposição para vir ao Brasil caso fosse necessário.

Jair, que conseguiu a anistia ao sujeito do telefone, prestou depoimento na Comissão Nacional da Verdade e Justiça, que na avaliação dele “foi um fiasco”. O historiador acredita que faltou (e ainda falta) o reconhecimento por parte dos militares do período da ditadura, a condenação daqueles que foram nomeados e ainda estão vivos, assim como a abertura de documentos de posse das forças armadas. “No Brasil não teve transição(da ditadura para a democracia), houve transação, uma negociação de interesses.” “Os militares apenas desocuparam a praça, eles continuam com poder junto aos governos”, revela Krischke.

O professor de História e pós-doutorado em Ciência Política, Hernán Ramírez, afirma que por mais que se deseje enterrar o passado, ele sempre volta. “Inclusive, ele volta mais nas sociedades que enterram mal seus passados, ele começa a ser recorrente de modo inconsciente”.

Ramírez desenvolve pesquisas sobre a história contemporânea da América Latina, em particular transformações estatais e ditaduras do Cone Sul. “Esse passado foi mal enterrado porque a sociedade foi cúmplice com a ditadura, as ditaduras foram civis-militares, e só se incrimina este último segmento.” “Os civis da Arena, por exemplo, nunca foram incomodados, até voltam no governo Temer a ocupar o Ministério da Educação”, conta o professor, se referindo ao atual Ministro da Educação e também deputado federal, José Mendonça Bezerra Filho (DEM-PE).

É unânime entre os especialistas entrevistados por esta reportagem: a polícia militar, protagonista da violência no Brasil, é uma herança dos modelos de repressão da ditadura. Segundo o relatório da Anistia Internacional de 2015, as forças policiais brasileiras são as que mais matam no mundo.

Conservadorismo e fascismo

Para entender as heranças da ditadura na cultura e na política brasileira, é preciso esclarecer alguns conceitos. “Em primeiro lugar, temos que distinguir conceitualmente essas duas ideias: conservadorismo e fascismo, já que a segunda pode estar inclusa na primeira, mas, a primeira não pode se identificar com a segunda”, analisa Hernán Ramírez. “Se o discurso de ódio compõe o fascismo, não todo discurso de ódio é fascista”, pontua o professor.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Não digo que não tenha tido fascismo nas mobilizações pró impedimento, mas, acredito que aqui é um discurso que nem chega a ser fascista, pois ele é muito contraditório e até caótico”. Para Ramírez as manifestações pedindo a intervenção militar no Brasil tem mais a ver com a herança do ódio reprimido pela classe dominante do que com o fascismo, “na maioria das vezes é um ódio atávico de uma sociedade que sempre foi odiosa, mas que mascarava seu ódio, porque poucas vezes a sua elite teve que lutar para se impor”.

Foto: MÍDIA NINJA

Este ódio tardio das elites brasileiras está atrelada ao contexto do neoliberalismo e ao protagonismo caricato dos conservadores (alguns neoliberais). Esse protagonismo pode ser observado não apenas na América Latina, “temos o caso do Berlusconi ou de Trump que o atestam”, exemplifica o professor.

“É um problema bastante estendido, inclusive pela ação do próprio neoliberalismo. Ao relativizar o ideológico, para priorizar o técnico (que não é neutro), temos produzido cada vez mais técnicos e menos intelectuais que sejam capazes de se contrapor a esse discurso simplificador”.

Para Ramírez “pior do que o Bolsonaro, que é um simples policial, são os ditos intelectuais disto, como jornalistas, filósofos e historiadores, que apesar dos seus diplomas não podemos considerar como tais”.

Sobre os propagadores do ódio, o professor Bruno Lima Rocha elege Olavo de Carvalho como “a síntese desta perigosa caricatura da nova direita brasileira”. Para o professor de Ciências Políticas e Relações Internacionais, no Brasil, “somos atingidos pela combinação dos neoconservadores no comportamento — uma espécie de reação contra a ação afirmativa e os direitos de reconhecimento — e a primazia do capital financeiro e a cruzada dos neoliberais contra o pacto keynesiano que atinge o Brasil durante o lulismo”. “Esta soma, bastante explosiva, tem na classe média brasileira, e em sua classe média alta, um bastião mobilizado através das redes sociais e que pode ter ou não algum contato com o fascismo brasileiro na versão contemporânea”, contextualiza Bruno.

A elite das manifestações que se assume em defesa da ditadura militar se apoia na ideia de que “a ex-esquerda não seria compatível com a democracia parlamentar e estaria o tempo todo promovendo a luta ideológica para controlar instituições reprodutoras dos aparelhos centrais — como escolas e universidades — e assim aplicar uma visão de mundo centrada na luta social e no coletivismo”, explica o professor.

O modelo educacional criticado pelos conservadores diz respeito a inclusão de temas como gênero e demais aspectos políticos e sociais que promovem a inclusão e diversidade nas escolas. A suposta doutrinação escolar foi criticada pelo deputado Izalci Lucas(PSDB-DF) através da defesa da proposta Escola sem Partido, que tem sido aderida por setores conservadores na Câmara. Para professores e militantes ligados à educação o projeto prevê o silenciamento do educador em sala de aula, e muitos relacionam a proposta como um resgate à ditadura e à censura.

“No momento em que vivemos, o pouco de avanço simbólico que houve durante os governos de Lula e Dilma, atiçou a ira desta direita conservadora e motiva o pensamento conservador desorganizado a estar atado através da internet e alvo de convocatória pelas empresas religiosas como as neopentecostais, assim como a mobilização da juventude de direita pelas empresas start-ups como o MBL e grupos afins ou concorrentes”, pontua o cientista político.

É neste cenário político que se estabelece a figura de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), “há uma vinculação, ainda indireta, entre a postura neoliberal radicalizada e a defesa de uma espécie de democracia limitada pelos agentes de mercado; e muito pressionada pela direita religiosa”, “este é o manifesto pelo líder caricato embora perigoso, e sua aliança com as estruturas do pastor Everaldo e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP)”, analisa Bruno.

Política e religião

Enquanto votação do impeachment acontecia, Bolsonaro era batizado em Israel.

A confusão da política com o discurso religioso é uma interpretação equivocada da liberdade de expressão, principalmente num país laico como o Brasil. “Deus sempre foi uma fonte de legitimação, inclusive agora potenciada por essa imbricação com a política”, defende Hernán Ramírez.

“Confundir Fé com Estado, ou poder, e exercê-lo sob o jugo da extinção das diferenças e da pluralidade é o perigo que vemos (e vimos na votação do impedimento na Câmara) quando em nome do poder se evoca ‘a misericórdia divina’, para validar o golpe como salvação”, analisa a psicanalista Bárbara.

A utilização da fé no âmbito político e a união de um bloco representativo de pastores, a chamada Bancada Evangélica, vem se manifestando de modo retroativo na evolução das políticas públicas, deslegitimando os poucos direitos adquiridos pelas minorias. Junto ao discurso salvacionista vem o estabelecimento da moral dos “homens de bem”, e nunca das mulheres, claro, pois não há espaço na política para elas, como ficou claro na formação do ministério do governo interino de Michel Temer(PMDB). O primeiro a não incluir mulheres desde o presidente militar Ernesto Geisel.

A Bancada Evangélica não representa apenas a máscara distorcida da fé na política, ela representa os interesses de homens brancos, ricos e heteronormativos em aniquilar aquelas identidades que não se parecem com as que veem no espelho.

“Atravessa o sentido de crenças da religiosidade através de instituições conservadoras estas bancadas por interesse, sendo que as “igrejas” citadas (Igreja Universal, Assembleia de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus e Igreja Mundial) defendem e propagam o comportamento conservador, o elogio para as iniciativas individuais e tudo baseado na chamada Teologia da Prosperidade”, esclarece o professor Bruno.

É com o ódio da elite e com o ódio dos mais pobres que figuras como a de Jair Messias Bolsonaro se estabelecem na política. Seus votos vem dessa massa disforme daqueles que só enxergam a si mesmos, ou aqueles que precisam de ajuda para se verem melhor. Mas em resumo é cegueira, grito e silenciamento.