Número de alunos por sala de aula

Número de alunos por sala de aula

Número de alunos por sala de aula sobe pelo menos 30% no RS

Estudo é do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Estado

O número de estudantes por sala de aula volta a ser polêmica no Rio Grande do Sul após levantamento e opiniões divergentes entre professores e gestores de escolas do Estado. Um levantamento recente do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) revelou que aumentou pelo menos 30% a quantidade de alunos no espaço.

De acordo com o Sinpro/RS, 84 escolas de Educação Básica e 27 instituições de Educação Superior têm alunos além da limitação recomendada. Houve um crescimento de 33% na Educação Básica e de 35% no Ensino Superior, na comparação com o levantamento realizado no último semestre do ano passado. “É um alerta para o fato de que o as escolas não estão tentando amenizar o problema”, afirmou o diretor do Sinpro/RS, Cássio Bessa, que avalia o resultado como "preocupante".

As discussões também evidenciam a falta de regulamentação legal sobre o assunto. Não há nenhuma legislação que fixe o número de alunos por sala de aula.  No Estado, há uma recomendação por parte do Conselho Estadual de Educação, que varia de acordo com a idade e as variantes, como a existência de um auxiliar, no caso da Educação Infantil.


Bessa ressaltou que o excesso de alunos em sala de aula reflete diretamente na qualidade do ensino e também impacta no professor. “Vários fatores precisam ser levados em consideração neste debate. Estamos falando de professores que precisam dar atenção a 40 alunos, o que representa, por exemplo, 40 provas e 40 redações”, avaliou.


O Sinpro/RS recomenda que, na Educação Infantil, as turmas na faixa etária de 0 a 2 anos tenham sete alunos; nas de 3 a 4 anos, 15; nas de 5 anos, 20. Nas Séries Iniciais (1ª a 5ª séries) 25 alunos; e nas Séries Finais (6ª e 9ª séries), 35 estudantes. No Ensino Médio, 40 alunos. Na Educação Superior, 50 pessoas.


Sinep diz desconhecer excesso de alunos


Para o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado no Estado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), Osvino Toillier, não há conhecimento de que há um excesso de alunos por sala de aula. Ele lembrou que não há uma regulamentação, mas uma recomendação em relação ao assunto. Segundo Toillier, os pais estão atentos ao assunto e têm monitorado possíveis distorções.


Mesmo assim, ele destacou que o assunto precisa de um “olhar” mais atencioso, visando a análise de cada caso. “Dentro de uma sala de aula pode haver talvez um ou dois alunos a mais do que poderia ser considerado o ideal. Mas o mais importante é verificar que a questão pedagógica está sendo respeitada”, frisou. Ele ainda reconheceu que é necessário “coragem” para abordar o assunto na negociação entre escolas e professores.

Correio do Povo




ONLINE
24