Um inquérito realizado por investigadoras do ISPA a professoresconcluiu que um terço tem níveis elevados de esgotamento físico e mental provocado pela vida profissional. Outro estudo promovido pelo SPZN indica que a prevalência da perturbação vocal profissional atinge 37% dos professores.
A Federação Nacional da Educação está a promover uma campanha nacional para a sensibilização e formação sobre doenças profissionais dos trabalhadores da Educação. Em destaque estão os elevados níveis de “burnout” – estado de esgotamento físico e mental provocado pela vida profissional – registados num inquérito efetuado por duas investigadoras da Unidade de Investigação em Psicologia e Saúde, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) a 800 docentes.
Segundo a agência Lusa, a investigação ainda prossegue mas os relatórios preliminares apontam para níveis altos de “burnout” em 30% dos inquiridos e níveis médios noutros 20%. “No caso dos docentes, a dimensão da sua insatisfação deve-se em grande parte à desvalorização do papel docente, que é causa e consequência de grande precariedade nas condições de trabalho de tais profissionais”, aponta a Federação Nacional de Educação, que pretende que o stress passe a ser considerado uma doença profissional.
Outro rastreio, feito no âmbito da iniciativa “Defende a Tua Voz”, promovida pelo Sindicato dos Professores da Zona Norte, revelou que a prevalência de perturbação vocal profissional ronda os 37% nos professores inquiridos. O mesmo inquérito descobriu que a esmagadora maioria dos professores e educadores (85% dos 325 inquiridos) nunca teve acesso a treino vocal, o que ajuda a explicar a prevalência de problemas de voz entre os professores.
Fonte: http://www.esquerda.net/