Não adianta forçar a criança a aprender

Não adianta forçar a criança a aprender

“Não adianta forçar a criança a aprender”, diz especialista

 

Cursos oferecem complementos para desenvolvimento da educação infantil


Sete horas escola, 14h natação, 17h inglês, 19h reforço de matemática. Se uma agenda lotada estressa os adultos, para as crianças pode ser ainda mais prejudicial. É durante a infância que acontecem os principais desenvolvimentos intelectuais e de relacionamento com os outros. Segundo o pediatra Saul Cypel, consultor do programa de primeira infância da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, é preciso maturidade neurológica para algumas atividades, como começar a ler e escrever, por isso forçar a educação pode prejudicar o aprendizado.


— Isso pode causar muito estresse e ansiedade. Não adianta forçar. Para escrever, por exemplo, o certo é começar a aprender entre os cinco e seis anos. Não adianta ensinar antes disso.


O pediatra afirma que antes de começar a ler e escrever a criança precisa desenvolver narrativas contando histórias, aprender a ganhar, perder e lidar com a frustração através de jogos e brincadeiras.


— Essas coisas são mais importantes aos quatro anos do que a alfabetização.
 

A preocupação dos pais com o aprendizado das crianças gerou a abertura de novos cursos especializados, voltados para o desenvolvimento intelectual infantil.  A educadora e franqueadora maxter da Fastrackids no Brasil, Ana Paula Harley, conta que a unidade oferece aulas num ambiente lúdico com atividades desafiadoras, que ao mesmo tempo não frustrem elas.


— É fundamental que a criança se divirta. O curso ajuda posteriormente na vida adulta, com desenvolvimento do equilibro emocional da personalidade. Aprende a desenvolver papéis de servidor e de líder, trabalhar em equipe, ter autocrítica e receber criticas dos colegas. Todas as aulas são filmadas e as crianças assistem depois. Isso trabalha a desenvoltura e autoestima.


Mais que a escola

Para o pediatra Cypel, uma escola bem planejada já contribui para o desenvolvimento infantil, e não seriam necessários cursos complementares.


— Os pais precisam entender que as crianças precisam brincar. Muitos responsáveis ficam preocupados com o lado intelectual e profissional, assim se esquecem do lazer e do lado artístico. Às vezes não é vantajoso expor a criança para algo que ela não esta preparada.

 

Já a educadora Ana Paula, afirma que de 0 a 8 anos acontece o desenvolvimento de 80% do intelecto e da capacidade de aprender, por isso os pais devem dar o maior número de estímulos para o aprendizado.

 

— Estimular não é pressionar. O cérebro aprende mais com emoções boas. Aprende se divertindo. Cada criança tem seu ritmo e potencial e não se pode comparar com outras da mesma idade.  

* colaborou a estagiária Jéssica Rodrigues.

 

http://noticias.r7.com




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