Mediação Tecnológica

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Rondônia: precarização da educação continua

O Blog recebeu material referente à implantação do projeto da Secretaria de Educação de Rondônia chamado “Ensino Médio com Mediação Tecnológica” (EMMTec). Esse projeto está sendo implantado em mais de 100 escolas do estado, sob a justificativa de que não existem professores habilitados em todas as áreas para suprir a demanda do ensino médio.

Baixe aqui a portaria da SEDUC de Rondônia que implanta o projeto

Baixe aqui a autuação feita pelo Ministério Público e que enquadra o projeto como Ensino à Distância e não de Mediação Tecnológica

Baixe aqui documento redigido pelo HISTEDBR – Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” em Rondônia, dirigido ao Conselho Estadual de Educação daquele estado

Em janeiro deste ano havíamos abordado esta iniciativa no Blog e os protestos que já estavam em curso. Agora, chega mais material que relata como a precarização está se alastrando:

 “a grande verdade é que o projeto se configura enquanto Ensino à Distância, que nem de longe representa “mediação tecnológica”. A estrutura do projeto é a seguinte: a SEDUC organizou um grupo de professores de diversas áreas, que gravam as aulas em um estúdio do IFRO em PVH e a mesma é transmitida. De fato, ela está sendo passada por pendrive para os alunos das escolas. Na sala de aula, os alunos assistem as aulas e contam com o auxílio de um professor presencial (chamado de tutor), formado em qualquer área e quando possível tira suas dúvidas em um chat.

Para a SEDUC e o Conselho Estadual de Educação o projeto não se caracteriza como Ensino à Distância, eles se amparam no artigo 23 da LDBN, o qual garante “formas de organizações diversas” (A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar).

Um dos grandes agravantes do projeto é a oferta das disciplinas de forma modular, ou seja, o aluno aprende matemática em determinado período do ano e o restante é destinado a outras disciplinas. Além disso, as aulas estão sendo repassadas por pendrive, o que resolve o problema de contratação de professores para a SEDUC, pois se não têm professor, basta inserir o pendrive.

Na última segunda-feira, conseguiu-se suspender a votação da reestruturação do projeto no CEE, por 45 dias. Nesse período está sendo efetuado um levantamento das condições de implantação do projeto nas escolas e se mobilizando a sociedade a fim de conhecer a verdadeira proposta do projeto.”

 

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