O Cpers Sindicato considerou “mais um ato de terrorismo e desrespeito contra os trabalhadores em educação” a possibilidade de que o governo gaúcho atrase o calendário de pagamento do funcionalismo. Em nota, o sindicato lembrou, ainda, que até o momento, o Piratini não informou a data da audiência com a Mesa de Negociação solicitada pelo Cpers com os secretários da Casa Civil, Educação e Fazenda a fim de discutir os pagamentos do reajuste do piso nacional do magistério e das parcelas do aumento concedido pela gestão anterior.

Hoje, o Correio do Povo publicou que o governador José Ivo Sartori (PMDB) deve alterar o calendário de pagamento. A ideia foi exposta, ainda nessa segunda-feira, em reunião com dirigentes partidários e consiste em transferir o modelo atual, que remunera nos últimos três dias do mês, para o quinto dia útil, como ocorre na iniciativa privada.

O encontro ocorreu durante a tarde, a portas fechadas, no gabinete do governador, no Palácio Piratini. Participaram os presidentes dos aliados com maior representatividade na Assembleia: Adilson Troca, do PSDB, que soma quatro deputados; Celso Bernardi, do PP, que detém sete assentos no Parlamento; e Pompeo de Mattos, do PDT, cuja bancada é composta por oito deputados. Além deles, o presidente do PSB, Beto Albuquerque, aliado de Sartori desde o primeiro turno das eleições, e Ibsen Pinheiro, o principal articulador do governador junto ao PMDB.

Desde março, o governo sugere o risco de atraso de salários como medida para ajustar o fluxo do caixa. Diante de protestos e ações judiciais, Sartori optou, até agora, por recuar nessas situações.

http://www.radioguaiba.com.br/noticia/terrorismo-e-desrespeito-reage-cpers-sobre-possivel-atraso-no-calendario-de-pagamento-do-funcionalismo/