Educar para se desenvolver
"Para suprir uma demanda de Educação mais sofisticada, é fundamental qualificar a mão de obra", afirma jornal
Fonte: Gazeta de Alagoas (AL) 12 de maio de 2015
Muito se tem discutido sobre a importância da educação para o processo de desenvolvimento do Brasil. Exemplos pelo mundo afora não faltam. Países escandinavos eram pobres há um século e usaram ciência e tecnologia, métodos modernos de gestão e qualificação profissional para mudar a realidade. A Coreia do Sul, em 60 anos, passou a sétimo lugar nas exportações mundiais e ao topo de todos os rankings de educação.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico considera que 50% do produto interno bruto dos países desenvolvidos resultam da geração, uso e difusão do conhecimento. O desafio do Brasil é difundir o conhecimento para todos os segmentos da sociedade, inclusive os de baixa renda, historicamente excluídos do acesso a uma educação de qualidade.
O caminho do desenvolvimento passa, pois, inevitavelmente, pela Educação. Para suprir uma demanda cada vez maior e mais sofisticada, é fundamental qualificar a mão de obra, aumentar o número de pessoas com formação técnica e superior. Além disso, o aluno hoje deve não apenas decorar conteúdos, mas ter capacidade criativa, de tomar decisões, dominar tecnologias e idiomas estrangeiros.
Nos últimos anos, o Brasil conseguiu praticamente universalizar o acesso das crianças à escola, mas ainda não oferece um ensino à altura de suas necessidades. Esse é um dos fatores pelos quais, apesar de estar entre as dez maiores economias mundiais, o País ocupa a 84ª posição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Paradoxalmente, já destinamos mais do nosso PIB para educação do que os países ricos, porém o gasto por aluno ainda é pequeno.O País aparece em penúltimo no ranking de investimento por alunos. O alto grau de repetência e evasão acaba inflando o número de alunos. A baixa qualidade do ensino também sobrecarrega o sistema.
Isso mostra que mais importante do que o gasto com educação é o resultado em termos de aprendizado. Ao se fazer essa conta, vê-se que o Brasil gerencia muito mal esses recursos educacionais.
Se queremos consolidar nossa posição como potência econômica, precisamos dar passos mais avançados em direção a uma educação de qualidade. Do contrário, ficaremos eternamente na condição de país do futuro.