Avaliação do PISA
Programa internacional avalia 33 mil estudantes brasileiros nascidos em 1999
Pisa tem como propostas produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da Educação nos países participantes
Fonte: Portal MEC 08 de maio de 2015
Ao longo deste mês de maio, cerca de 33 mil jovens brasileiros, nascidos em 1999, farão os exames do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2015. A aferição abrange alunos de 965 escolas, matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental. Nesta edição, pela primeira vez, as provas serão integralmente feitas em computadores e terão como base a disciplina de ciências, com questões também de matemática e leitura.
Desenvolvido e coordenado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Pisa é referência nas discussões sobre melhoria da qualidade de ensino. A edição deste ano envolve 70 países. No Brasil, o programa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Os participantes terão 120 minutos para completar o teste, dividido em duas sessões de 60 minutos. Terão ainda 35 minutos para preencher questionários. Não há necessidade de preparação, pois a ideia é aferir como os estudantes aplicam o que aprendem. As questões, de múltipla escolha, baseiam-se em situações reais da vida e pedem respostas curtas.
Nesta edição, estudantes sorteados farão avaliações adicionais sobre letramento financeiro e resolução colaborativa de problemas. Esse teste visa a identificar o domínio dos estudantes sobre o controle das finanças diárias, além de saber como resolvem as situações cotidianas.
O Pisa, Programme for International Student Assessment, na sigla em inglês, é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada a cada três anos a estudantes na faixa dos 15 anos de idade, fase em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
Além de avaliar a preparação dos jovens para a vida adulta, o Pisa tem como propostas produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes e permitir a comparação da atuação do estudante e do ambiente de aprendizagem entre diferentes nações. O programa inclui coleta de informações socioeconômicas, por meio dos questionários do aluno, do professor e da escola.
Leia a reportagem no site original aqui
No Brasil, 33 mil alunos farão provas para o 'ranking mundial de educação'
Provas do Pisa serão aplicadas este mês a alunos nascidos em 1999.
Avaliação terá foco em ciências, mas vai aferir também leitura e matemática.
Prova avalia conhecimentos de alunos de 15 anos de idade a partir do 7º ano do ensino fundamental (Foto: TV Globo/Reprodução)
O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira (7) que cerca de 33 mil estudantes de 965 escolas, todos nascidos no ano de 1999, vão fazer as provas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) deste ano. Os alunos são matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental. As provas serão aplicadas ao longo deste mês de maio. Os resultados do Pisa geram uma espécie de "ranking mundial de educação" e ajuda a definir políticas nacionais de ensino. Os resultados da nova avaliação do Pisa devem ser divulgados no segundo semestre de 2016.
saiba mais
- VEJA O RANKING PISA 2012
- Brasil evolui, mas segue nas últimas posições em ranking de educação
- Avanços do país em aprendizagem são muito tímidos, diz especialista
- Veja como é o teste do Pisa (em inglês)
O Pisa avalia a proficiência dos estudantes em ciências, matemática e leitura, e a cada edição uma das disciplinas tem uma importância maior. Em 2015, será ciências. Ao todo 70 países participam do Pisa.
O exame é aplicado a cada três anos para alunos com 15 anos de idade. Na última edição, feita em 2012 e divulgada em 2013, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Em 2012, o Brasil ficou em 59º lugar em ciências, que será o foco do Pisa a ser aplicado este ano (Foto: TV Globo/Reprodução)
A prova deve ser feita em duas sessões de uma hora de duração cada e serão aplicadas em computadores. Os alunos terão ainda mais 35 minutos para preencher questionários. As questões são de múltipla escolha e simulam situações reais da vida. A edição deste ano vai pedir ainda uma avaliação adicional dos alunos em educação financeira e resolução colaborativa de problemas, com o objetivo de aferir como o estudante lida com seu dinheiro e como resolve situações do cotidiano.
Na última edição do Pisa, a China teve o melhor
desempenho em matemática, seguida por Cingapura
e Hong Kong (Foto: Liu Jin/Simin Wang/Mandy
Cheng/AFP)
Além de responderem às questões, os jovens preenchem um questionário com detalhes sobre sua vida na escola, em família e suas experiências de aprendizagem.
Última edição
Na última edição, em 2012, o Pisa foi aplicado a 510 mil alunos em 60 países que, segundo a OCDE, representam estatisticamente cerca de 28 milhões de estudantes de 15 anos. No Brasil, 19.877 alunos de 837 escolas completaram o exame, segundo o estudo.
O foco da avaliação de 2012 foi matemática. O Brasil ficou atrás de países latino-americanos como Chile, México, Uruguai e Costa Rica e à frente de Argentina, Colômbia e Peru. Os outros países piores que o Brasil são Tunísia, Jordânia, Qatar e Indonésia. Os melhores desempenhos do Pisa em matemática foram da China (Xangai), Cingapura, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Macau e Japão. A China (Xangai) também teve os melhores índices em leitura e ciências.
A média aritmética de desempenho nessas três áreas em 2012 foi de 402, um ponto acima da média alcançada em 2009. Veja abaixo o desempenho do Brasil nas últimas cinco edições do programa internacional:
A EVOLUÇÃO DO BRASIL NO PISA | |||||
---|---|---|---|---|---|
Brasil |
Pisa 2000 |
Pisa 2003 |
Pisa 2006 |
Pisa 2009 |
Pisa 2012 |
Matemática |
334 |
356 |
370 |
386 (57ª) |
391 (58ª) |
Leitura |
396 |
403 |
393 |
412 (53ª) |
410 (55ª) |
Ciências |
375 |
390 |
390 |
405 (53ª) |
405 (59ª) |
Média geral |
368 |
383 |
384 |
401 |
402 |
Fonte: OCDE e Inep/MEC |
No relatório elaborado especificamente com os resultados brasileiros, a OCDE destacou a evolução do país em matemática entre 2003 e 2012, em leitura entre 2000 e 2012 e em ciências entre 2006 e 2012. Em 2013, o Brasil assinou acordo para se tornar membro do conselho diretor do programa.
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/05/no-brasil-33-mil-alunos-farao-provas-para-o-ranking-mundial-de-educacao.html