Mercadante não volta
Mercadante não deve voltar para o MEC
"Somente quem colocar o cumprimento do PNE como prioridade máxima receberá o apoio da comunidade educacional", afirma Daniel Cara
Fonte: Blog do Daniel Cara - UOL Educação 25 de março de 2015
A presidenta Dilma Rousseff sinalizou, mais uma vez, que não pretende tirar Aloizio Mercadante (PT-SP) da Casa Civil. Dilma confia em seu coordenador de governo. Com o gesto, ela também reitera que não cede a pressões. Mercadante, portanto, não voltará ao MEC.
Dilma tem sido clara. Pouco tempo atrás afirmou que a reforma ministerial, se acontecer, virá somente após a votação do ajuste fiscal. Se muito, a presidenta troca o comando do Ministério da Educação (MEC) nos próximos dias, hoje chefiado interinamente por Luiz Cláudio Costa.
Na Esplanada dos Ministérios há quem aposte que o interino permaneça no cargo por mais de 30 dias. Porém, seu prazo na titularidade da pasta não deve ser muito mais extenso do que isso. Jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto creem que não há intenção de efetivá-lo.
Enquanto isso, Gabriel Chalita (PMDB-SP) permanece como favorito nos bastidores de Brasília. Hoje ele é Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Contudo, a definição de um titular para uma pasta da envergadura do MEC é complexa. Muitas vezes, lembra o conclave papal: quem entra como papa – ou começa como favorito –, sai como arcebispo. Ou seja, acaba não assumindo o cargo. Ainda assim, os rumores em torno do nome de Chalita crescem.
Considerando que a sucessão do MEC não está resolvida, é mais do que necessário reiterar e insistir: somente quem colocar o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE) como prioridade máxima receberá o apoio da comunidade educacional. Foi o recado dado por ANPEd, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Mieib e Undime.
Aliás, a implementação do PNE deveria ser tratada como a própria expressão e síntese do lema governamental “Brasil: pátria educadora”. Resta convencer o Palácio do Planalto disso.
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Renato Janine Ribeiro entra na lista de nomes cotados
Com Gabriel Chalita como favorito, o jogo de sucessão no MEC vai se tornando uma disputa entre o PMDB (de Michel Temer) e o PT. Enquanto Temer, como vice-presidente da República, sugere a nomeação de Chalita, o PT vai trabalhando com outros nomes. Hoje foi veiculada a entrada do filósofo Renato Janine Ribeiro (USP) na lista. Supostamente, seu nome foi proposto pela militância petista. Contudo, Ribeiro está razoavelmente distante do partido e do Palácio do Planalto.