SC, novo Plano de Carreira do Magistério
Governo de SC apresenta Plano de Carreira do Magistério com nova tabela salarial
Secretário da Educação se reúne com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Fonte: Diário Catarinense (SC) 04 de fevereiro de 2015
O novo Plano de Carreira do Magistério com nova tabela salarial foi apresentado nesta terça-feira durante reunião do secretário da Educação, Eduardo Deschamps, com os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), e depois em coletiva à imprensa. Caso a mudança seja aprovada, o piso real de Santa Catarina passará a ser de R$2.535,06.
_ Com a mudança no plano, poderemos beneficiar pelo menos 6 mil professores, que passariam a ganhar o novo piso estadual, de R$ 2.535,06 — diz Eduardo Deschamps.
A nova proposta tem por objetivo principal a descompactação da tabela salarial — já que o piso salarial teve reajuste de 178% e os professores em fim de carreira aumento total de 60%. O governo agora espera entrar em acordo com o Sinte para encaminhar o projeto para a Assembleia até março.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública (Sinte/SC), Luiz Carlos Vieira, informou que a categoria deve começar a analisar a proposta no fim de semana, quando ocorre uma reunião do Conselho Deliberativo do Sindicato:
_ Além da reunião do conselho, teremos as assembleias regionais. Esperamos entregar uma resposta ao governo até a primeira quinzena de março.
Achatamento salarial
Apesar de SC cumprir o piso nacional desde 2011, já que nenhum professor ganha abaixo do valor fixado como mínimo, a tabela salarial dos professores sofreu um achatamento há três anos ainda não corrigido. As diferenças salariais entre professores licenciados e com especialização ficou menor.
A descompactação salarial vai acontecer com a aplicação de um novo plano de carreira. Atualmente, existem 12 níveis e 7 referências. Se aprovado o projeto, o magistério passará a ter 4 níveis e 10 referências. Os níveis referem-se aos professores com graduação (1), especialização (2) mestrado (3) e doutorado (4). As licenciaturas deixarão de existir na carreira.
Pela tabela atual, professor em final de carreira (nivel 12 e referência 7) ganha R$ 3.144,00, mais as vantagens pessoais. No futuro (nível 4 e referência 10), receberá R$ 4.590,00. A previsão é de que no fim do ano o valor seja atualizado para R$ 4.958,00. Já o vencimento no início da carreira ficará em R$ 2.535,00. O piso fixado hoje em lei federal é de R$ 1.917,78.
Confira a notícia no site original aqui
Novo plano de carreira propõe a ampliação de diferenças salariais
Com uma proposta de piso estadual de R$ 2.535 – unindo salário e gratificações – e mudanças na distribuição dos níveis de Escolaridade da categoria, o novo plano de carreira do magistério foi apresentado ontem pelo secretário de Estado de Educação, Eduardo Deschamps, à direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública (Sinte-SC), em Florianópolis.
O principal objetivo é aumentar a diferença entre Professores com diferentes graduações, o que o governo chama de “descompactação”. A proposta será discutida pela categoria e depois encaminhada à Assembleia Legislativa – o que o governo pretende fazer até o final de março.Durante a apresentação, o secretário destacou que dos 46 mil Professores efetivos, entre ativos e inativos, pelo menos 6 mil teriam um reajuste para chegar até o novo piso proposto:
– Nos últimos anos, houve uma diferença grande de crescimento do salário entre quem ganha o piso, que teve uma variação de 178% desde 2010; e quem tem graduação, que aumentou 82% no mesmo período. É inviável manter isso para todas as carreiras, então simplificamos a divisão das carreiras.
Resposta da categoria será dada em março
De acordo com o presidente do Sinte-SC, Luiz Carlos Vieira, a categoria deve começar a analisar a proposta no próximo fim de semana, quando ocorre uma reunião do conselho deliberativo.
– Além da reunião do conselho, teremos as assembleias regionais. Esperamos entregar uma resposta ao governo até a primeira quinzena de março. Só o fato do governo ter apresentado uma proposta, já é um avanço – afirma o presidente do sindicato.
Disputa salarial dos Educadores iniciou com piso nacional em 2008
Em 2008, foi sancionada a lei 11.738, conhecida como Lei Nacional do Piso. Na época, a legislação foi questionada através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), proposta por cinco Estados, incluindo SC.
No entanto, o piso foi mantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento finalizado em abril de 2011. A principal disputa do governo catarinense era o fato da inclusão das gratificações para chegar ao valor estabelecido pela União, então de R$ 1.187.
O atual piso nacional aplicado pelo governo federal é de R$ 1.917,78. Em SC, caso a proposta passe na Assembleia, os Professores teriam uma carreira que começaria com R$ 2.353 e poderia chegar a R$ 9.042.
Matéria publicada apenas em veículo impresso