Promoções serão pagas em fevereiro
Vieira da Cunha fala em racionalização de despesas para manter em dia completivo do piso do magistério
Folha de janeiro dos professores veio sem as promoções para cerca de 2,5 mil. Seduc garante que valores serão pagos em fevereiro
O secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha, declarou, hoje, estar fazendo o que pode para promover economia nos cofres públicos a fim de evitar que o magistério, por exemplo, sofra com atrasos salariais ou com a falta do pagamento do completivo do piso em determinado período.
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, já alertou que atrasos na folha do funcionalismo podem ocorrer ao longo da gestão. Ainda assim, Vieira da Cunha evita polêmica. “Eu sei que o governador determinou contenções em todas as pastas. Nós também vamos ter que fazer racionalizações, para não se chegar a esse ponto, se vai ou não haver atrasos, isso cabe à Fazenda. O que posso garantir é que faremos nossa parte para evitar essa situação”, ressaltou.
Ainda assim, 2.482 promoções dadas ao magistério e concedidas no fim da gestão Tarso Genro não foram depositadas na folha paga, hoje, à categoria.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação informou que a gestão anterior assinou promoções atrasadas em 30 de dezembro de 2014. Do total, 1.094 referentes ao ano de 2012 e 1.388 a 2013. A justificativa é de que o benefício não foi concedido devido à troca de comando da Pasta, e que não há relação com o decreto de contenção de despesas do governador José Ivo Sartori. A garantia é de que os valores serão pagos, de forma retroativa, na folha de fevereiro.
Sobre o piso, dos 150 mil professores, 29 mil recebem o completivo por receberem menos que o piso nacional. O valor reajustado, de R$ 1.917.78 para 40 horas, gera um impacto financeiro anual de R$ 43 milhões no Rio Grande do Sul.
O completivo, porém, não garante as vantagens e benefícios de carreira, que não incidem sobre o valor extra, mas apenas sobre o vencimento básico, que é 34,3% menor, de R$ 1.260,20, para um contrato de 40 horas.
Vieira da Cunha ainda enfatizou que há muito tempo o Estado não tinha um diálogo tão positivo com o Cpers, sindicato que representa o magistério, considerada a maior categoria do Estado. “Eu quero saudar um ambiente de diálogo e construtivo que existe, hoje. Nem sempre foi essa a realidade. Reconhecemos que estamos em dívida e é nossa obrigação admitir esse fato, além de encontrar caminhos para que pelo menos o completivo seja pago em dia”, concluiu.
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