O Pronatec, uma das maiores peças da propaganda de Dilma Rousseff (PT), enfrenta uma realidade de dívidas e alta evasão.

Algumas faculdades privadas provedoras de cursos técnicos do Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego - uma das vitrines da campanha da presidente Dilma Rousseff - estão tendo de lidar com taxas de evasão que podem chegar a 50% ou 60%, segundo relataram à BBC Brasil seus coordenadores.

Oficialmente, o índice de abandono dos cursos é de 12,8% segundo o MEC. O número, porém, não considera como abandono estudantes que se inscreveram, mas não se matricularam no programa. 

A própria presidenta ressalta em seus discursos que o Pronatec já teria atingido 8 milhões de matrículas – mas não contabiliza as desistências. “O problema da evasão é um dos nossos maiores desafios: hoje, nossa taxa é de quase 60%”, disse à BBC Júlio Araújo, que coordena os cursos do programa na Faculdade Sumaré, habilitada a executar o programa. 

Já o Sistema S, formado por Senai, Senac, Senar e Senat, que realizam grande parte do Pronatec, cobram uma dívida de R$ 700 milhões pelos cursos ministrados. 

É a dura - e indesmentível -  realidade pós-eleição.

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