Tarso Genro disse que o principal momento do governo foi a renegociação das dívidas
Foto: Bibiana Dihl  / Rádio Gaúcha

A última semana do governo de Tarso Genro ainda pode reservar algumas surpresas, como a nomeação de aprovados em concurso. Em entrevista ao Gaúcha Atualidadenesta segunda-feira (29), o governador disse que estuda novas nomeações, mas garantiu que não serão massivas, como a convocação de 650 policiais civis na última sexta-feira. 

"Se tiver alguma nomeação, são nomeações para lugares que têm um déficit reconhecido e grande", explicou.

O governador disse ainda que tomou essa decisão de chamar os policiais, quando se convenceu que o Imposto de Fronteira será mantido pelo próximo governo e não haveria o corte de R$ 300 milhões do cofre do Estado.

Ainda sobre finanças, Tarso disse que o Estado pode sacar mais R$ 600 milhões de depósito judiciais no limite que a lei permite, mas que a decisão de utilizar ou nãos os recursos depende do novo governador. Ele também ressaltou que o Estado chegou aos 12% de investimentos em saúde e que o próximo governador pode não precisar usar o dinheiro dos depósito judiciais se investir menos nessa área, por exemplo. Mas aí pagaria a conta de não receber recursos federais, porque não aplicou o limite estabelecido. Tarso também destacou como principal momento de seu governo a renegociação da dívida do Estado, em novembro.

"Até eu cheguei a desconfiar que não iríamos conseguir", contou. 

O momento mais difícil, segundo ele, foram os primeiros dias dos protesto de junho de 2013 em que o governador admitiu que não se sabia com quem falar.  

O governador também falou de investimentos em saúde e obras. Sobre a RS-118 e as ligações municipais que não ficaram prontas, Tarso diz que o problema não foi falta de dinheiro, foram problemas técnicos, de contratos. Sobre atrasos no repasse de verbas para prefeituras que têm convênios em saúde, ele diz que pode ficar um resíduo pequeno para o próximo governo.