Pior índice de frequência na Pré-escola
RS tem o pior índice de frequência na Pré-escola
Dados do IBGE apontam que 62% das crianças gaúchas de quatro e cinco anos vão à escola; média nacional é de 81,2%
Fonte: Zero Hora (RS) 18 de dezembro de 2014
Se os indicadores estaduais mostram crescimento a partir do aumento de matrículas na Pré-Escola, dados nacionais indicam que o Rio Grande do Sul ainda precisa melhorar muito nesse quesito. O Estado tem o pior índice de frequência Escolar total do país (25%) e está bem abaixo da média nacional principalmente na faixa etária de quatro a cinco anos.
Dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 62% das crianças gaúchas de quatro e cinco anos frequentam a Pré-Escola, enquanto a média nacional é de 81,2%. O RS só perde para Acre (58,6%) e Rondônia (53,9%).
A Síntese dos Indicadores Sociais abrange aspectos demográficos e de Educação, trabalho, renda e família, referentes a 2013. A pesquisa anterior era de 2004. Para o supervisor de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE no RS, Ademir Koucher, a organização das famílias foi o aspecto que mais sofreu alterações nos últimos 10 anos.
A média de pessoas por domicílio no Brasil caiu de quatro para 3,1 e o número de pessoas que moram sozinhas subiu de 10% para 13,5% da população brasileira. Os índices são ainda mais acentuados no Estado: a Região Metropolitana de Porto Alegre é a que tem o maior percentual de pessoas que moram sozinhas no país, com 17,7% da população – quase metade de idosos com mais de 60 anos.
– É reflexo da transição demográfica que o país vem passando e o Rio Grande do Sul se mantém há muito tempo entre os Estados com maior expectativa de vida – pondera Koucher.
A expectativa de vida do brasileiro era de 69,8 anos em 2004, passando a 74,8 anos em 2013. No RS, a estimativa é de 76,9 anos, atrás somente do Distrito Federal (77,3) e de Santa Catarina (78,1). O Estado tem a maior proporção de pessoas com 60 anos ou mais na população: 16,6% (no país é 13%).
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Matrículas de crianças puxam o crescimento
No geral, o Idese do Rio Grande do Sul em 2012 teve crescimento de 2,4% em relação a 2010, fechando em 0,744, próximo do patamar de alto desenvolvimento, que ficaria entre 0,800 e 1 (nota máxima). Segundo os pesquisadores, o crescimento foi puxado principalmente pelo aumento do indicador das matrículas na Pré-Escola: de 0,610 em 2010, saltou para 0,709 em 2012. Isso significa que, em dois anos, a taxa de matrículas de crianças de quatro e cinco anos evoluiu de 60,1% para 70,9%.
Em relação à economia, os pesquisadores identificaram um recuo na geração de renda, que apresentava uma trajetória de elevação até 2011, mas caiu em 2012, o que coincidiria com a queda do PIB no período. No quesito apropriação de renda, que diz respeito à retenção dos recursos nos municípios em que eles são gerados, o crescimento se manteve, levando a um ligeiro aumento global no indicador renda: de 0,737 para 0,745 de um ano para outro.
Na saúde, o indicador tem apresentado historicamente um bom patamar. mantendo-se relativamente estável ao longo do tempo. Em 2012, ficou em 0,804.
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