Estrutura para receber deficientes
Escolas carecem de estrutura para receber deficientes
Nas escolas públicas de Pernambuco, faltam condições de acessibilidade como rampas, pisos táteis e corrimões
Fonte: Diário de Pernambuco (PE) 23 de novembro de 2014
Rampas, pisos táteis e corrimões são artigos de luxo nas Escolas públicas de Pernambuco. Faltam condições de acessibilidade para estudantes, pais e Professores com deficiência.
Dados do último Censo Escolar, de 2013, mostram que só 13% das 7.403 Escolas públicas de Educação básica têm dependências acessíveis e 16% possuem banheiros adaptados. Nas Escolas particulares, as porcentagens sobem para 42% e 41%, respectivamente.A falta de acessibilidade fez com que a dona de casa Lenira Machado, 27, desistisse de voltar a estudar. Paraplégica há seis anos, desde que levou um tiro do ex-marido pelas costas, ela sonha em terminar o Ensino médio. “Tentei voltar aos estudos na Escola Ana Farias de Souza (Muribeca, Jaboatão), mas não tinha como entrar no prédio. A falta de locais adaptados me fez desistir do sonho”, desabafou. “Podemos afirmar que, de forma geral, as Escolas públicas não estão preparadas”, comentou o diretor de Políticas Sociais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, José Ivo.
Apesar de o Ministério da Educação ter recursos para que as Escolas sejam adaptadas, poucas unidades de Ensino oferecem condições ideais. O programa federal Escola Acessível financia ações de adequação e para aquisição de cadeiras de rodas, tecnologias assistivas, bebedouros e mobiliário acessível.
Para o presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Antônio Muniz, além de viabilizar a adaptação, o governo federal deveria fiscalizar melhor o uso dos recursos. “Muitas Escolas colocam uma rampa e os gestores consideram que elas são adaptadas. Para ser acessível, a unidade Escolar precisa dispor de outros equipamentos, como corrimões, corredores amplos e cadeiras adequadas.”
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