Espaço de construção coletiva
A Conae é da sociedade brasileira", diz coordenador do Fórum Nacional de Educação
Em coletiva, Francisco das Chagas diz que Brasil precisa avançar no debate sobre currículo
Do Todos Pela Educação, em Brasília 21 de novembro de 2014
Um espaço de construção coletiva. É assim que Francisco das Chagas, coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE), define a Conferência Nacional de Educação (Conae). “A Conae é coletiva, é da sociedade brasileira. Ela é de todos: não é do governo nem do setor privado. A construção é da coletividade”, disse em entrevista coletiva para jornalistas sobre o evento.
A 2ª Conae teve 2.597 delegados credenciados dos 3.300 previstos; 61 delegados natos dos 83 aguardados, e 262 observadores de 364 esperados. Ao todo, contando outros tipos de participantes, a conferência deste ano tem 3.676 pessoas.
A expectativa de Chagas é que a Conae aprove estratégias para auxiliar municípios e estados a constituírem seus planos de Educação – o prazo para isso estabelecido pelo PNE é de um ano após aprovação da lei. “O fato de ter esses prazos é um ganho do novo plano – o antigo não tinha. Além disso, vale lembrar que não estamos começando do zero nessa discussão porque os municípios e os estados tiveram suas conferências onde discutiram tudo isso”, disse.
Currículo
A necessidade da discussão de uma base nacional curricular, como foi defendida pela presidente Dilma Rousseff (PT) em discurso na conferência, também foi reforçada por Chagas. Para ele, o debate em torno do tema era para ter avançado mais nos últimos anos. “É uma questão urgente para a Educação. Agora o MEC e o CNE (Conselho Nacional de Educação) estão discutindo a base, o que vai interferir diretamente na formação de professores.”
Sistema
Chagas ainda reforçou a importância da regulamentação do Sistema Nacional de Educação (SNE) para a Educação Brasileira e citou os casos de problemas administrativos em universidades e faculdades particulares. “Regulamentar o SNE é necessário também por conta de que, nele, inclui-se o público e o privado – ou seja, é para o sistema inteiro. A qualidade deve ser de todo o sistema”, lembrou.
Problemas
A conferência deste ano enfrentou alguns problemas de organização com passagens e hospedagens de algumas delegações. “Quando se faz uma licitação para contratar uma empresa que organize a conferência, não temos a garantia de que não vai ocorrer nenhum problema. A estrutura do evento não é do controle do Fórum Nacional de Educação”, disse, desculpando-se novamente pelos imprevistos.
Ele também falou sobre o cancelamento da Conae no início do ano por decisão do Ministério da Educação – o evento estava previsto para ocorrer em fevereiro. “O adiamento da Conae teve um impacto naquele momento porque o PNE ainda estava no Congresso. Porém, tenho ouvido de vários participantes que é bom ela estar acontecendo agora, após a aprovação. Isto porque este é um momento oportuno para o debate da implementação do plano.”
O dia
A sexta-feira inteira foi dedicada aos colóquios dos eixos temáticos, tanto pela manhã quanto pela tarde.
A Conae vai até domingo, dia 23 de novembro, em Brasília (DF).
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