Menor número de analfabetos
Menor número de analfabetos
Região Sul é a que tem menor número de analfabetos no Brasil, segundo IBGE
Dados do Censo Demográfico mostram aumento na escolaridade entre as mulheres
Os dados do Censo Demográfico 2010 mostram uma mudança de perfil dos analfabetos brasileiros protagonizada pelas mulheres. Antes, havia mais pessoas do sexo feminino não alfabetizadas, mas a situação se inverteu. E a Região Sul é a que apresenta os melhores resultados, independentemente de gênero, conforme estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
Entre os analfabetos com 60 anos ou mais, elas ainda estão em maior número (27,4% contra 24,9%). Porém, considerando as demais faixas etárias, as mulheres estão mais escolarizadas, e isso é observado pelo dado geral: 9,8% dos homens brasileiros são analfabetos, contra 9,1% das mulheres. Na Região Sul — a com o menor número de analfabetos — são 5,4% das mulheres e 4,6% dos homens. No Nordeste, por exemplo, o índice chega a 16,9% e 20,4%, respectivamente, quando se analisa pessoas de 15 anos ou mais.
Entre os analfabetos com 60 anos ou mais, elas ainda estão em maior número (27,4% contra 24,9%). Porém, considerando as demais faixas etárias, as mulheres estão mais escolarizadas, e isso é observado pelo dado geral: 9,8% dos homens brasileiros são analfabetos, contra 9,1% das mulheres. Na Região Sul — a com o menor número de analfabetos — são 5,4% das mulheres e 4,6% dos homens. No Nordeste, por exemplo, o índice chega a 16,9% e 20,4%, respectivamente, quando se analisa pessoas de 15 anos ou mais.
Em dados gerais, na zona rural, as analfabetas representam 21,1%, versus os 7,3% da área urbana. Da mesma forma, há uma discrepância com relação à cor: das negras, 14% são analfabetas. Entre as pardas, são 12,1% e, considerando as brancas, 5,8%. Na área rural, eles são 24,4% versus os 6,9% da área urbana. As diferenças de cor são similares às das mulheres: 14,2% (negros), 13,2% (pardos) e 5,7% (brancos).
Apesar de mais escolarizadas, mulheres ganham menos
As taxas de frequência das mulheres em estabelecimentos de ensino são superiores às taxas apresentadas pelo sexo masculino. E a explicação, conforme a análise do IBGE, está no ingresso ao mercado de trabalho:
As taxas de frequência das mulheres em estabelecimentos de ensino são superiores às taxas apresentadas pelo sexo masculino. E a explicação, conforme a análise do IBGE, está no ingresso ao mercado de trabalho:
— Como consequência possível desse atraso escolar e de outros fatores associados a papéis de gênero, como a inserção precoce no mercado de trabalho, os jovens do sexo masculino acabam saindo do sistema educacional antes de completar o Ensino Médio em maior proporção.
Na população de 18 a 24 anos, Porto Alegre é a segunda capital com menor diferença de gênero no que se refere ao abandono precoce do estudo. Na Região Sul, o índice das pessoas nessa faixa etária que frequentam o Ensino Superior é de 20,3% para as mulheres e 14,9% para os homens.
— A maior diferença percentual por sexo encontra-se no nível superior completo, em que a proporção de mulheres que completaram a graduação é 25% superior à dos homens — aponta o estudo.
Embora as mulheres tenham superioridade escolar, quando se fala em mercado, a valorização não se confirma. Em todas as áreas, elas têm salários menores do que eles.
— Assim, a desigualdade de gênero foi reduzida no acesso e no processo educacional, mas não se pode perder de vista que o ambiente escolar muitas vezes contribui para a reprodução dessas desigualdades — mostra a análise.
Fonte: Diário Gaúcho