O que é Inteligência Emocional?
Tonia Casarin - IG Educação - 13/10/2014 - São Paulo, SP
Desde a publicação do primeiro livro de Daniel Goleman sobre Inteligência Emocional em 1995, o tema tornou-se popular no mundo corporativo. Hoje, sabe-se que o que difere excelentes líderes de líderes medianos é a Inteligência Emocional. Mas o que é Inteligência Emocional?
Segundo autores como Salovey e Mayer, a Inteligência Emocional é `...a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros.`
Já Daniel Goleman propõe um conceito mais abrangente que aborda não somente as emoções, em si, mas também seus impactos nos relacionamentos. Ele diz que é a `...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.`
Quando os psicólogos começaram a pensar e escrever sobre inteligência, eles se concentraram em aspectos cognitivos, como a resolução de problemas. No entanto, havia pesquisadores que reconheceram que os aspectos não-cognitivos também eram importantes. Tal debate sobre essa linha de pensamento vem ganhando força no Brasil, graças ao Instituto Ayrton Senna, que levantou essa bandeira e já possui programas implementados em escolas.
Enquanto no Brasil o debate ainda é embrionário, algumas unidades de ensino no mundo já chegaram a implementar programas de desenvolvimento social e emocional de forma mais robusta, como é o caso da KIPP Infinity em Nova Iorque.
Nessa perspectiva, mais de 213 pesquisas já realizadas na área concluem que essas iniciativas melhoraram as habilidades socioemocionais dos alunos, suas atitudes sobre si próprio e em relação aos outros, sua ligação com a escola, seu comportamento social, e o desempenho acadêmico: notas 11% mais altas do que alunos que não fizeram parte do programa.
Diante do impacto dessas iniciativas na aprendizagem dos alunos, torna-se necessário pensar em como implementar projetos de desenvolvimento social e emocional nas escolas no Brasil. Não somente para garantir a maior aprendizagem dos alunos, como também expandir o papel da escola na prepararação de seus alunos para a vida.
Essas competências para a vida, como a Inteligência Emocional, devem ser contempladas na Base Nacional Comum – atualmente em discussão no País. Além disso, o papel ativo da família e a formação dos educadores são fundamentais para o desenvolvimento da criança. A Educação deve transbordar para além do ambiente escolar. Ela exige o comprometimento de todos os atores envolvidos no desenvolvimento da criança