Ideb dos Anos Iniciais cresce

Ideb dos Anos Iniciais cresce

Ideb dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental cresce 0,2 e atinge 5,2

Nos Anos Finais, índice cresceu de 4,1 para 4,2 mas ficou abaixo da meta do governo

Ideb dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental cresce 0,2 e atinge 5,2

João Bittar/MEC

Do Todos Pela Educação  05 de setembro de 2014

A qualidade dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental melhorou entre 2011 e 2013 no Brasil. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para essa etapa de ensino, incluindo escolas públicas e privadas, subiu de 5,0 para 5,2, acima da meta de 4,9, já superada na divulgação anterior, em 2011. Desde o primeiro Ideb, calculado em 2005, a etapa inicial do Fundamental sempre esteve acima da meta.

Apesar do dado positivo, houve desaceleração no crescimento do indicador. Desde a primeira divulgação, o Ideb vinha crescendo 0,4 ponto a cada edição. O Ideb é calculado de dois em dois anos.

Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, apesar do crescimento de 4,1 para 4,2 registrado, o Ideb ficou abaixo da meta de 4,4. É a primeira vez, desde a criação do índice, que essa etapa não atinge a meta parcial.

O cálculo do Ideb leva em consideração o desempenho dos alunos na Prova Brasil, que avalia língua portuguesa e matemática, e as taxas de aprovação. Para cada escola, município, unidade da federação e também para o País, o MEC estabelece metas intermediárias, que devem ser atingidas bienalmente (leia mais aqui).


Redes

O atendimento dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, que compreendem o período do 1º ao 5º ano, é responsabilidade prioritária dos municípios. Assim, 81,6% das matrículas da rede pública nesses anos são administradas por prefeituras. De acordo com o MEC, 69,7% dos municípios atingiram ou superaram as metas intermediárias.

Na tabela abaixo, veja o Ideb total (que considera as redes públicas e privada) de cada unidade da federação para os Anos Iniciais:

Unidade da federação

Ideb 2011

Ideb 2013

Meta para 2013

Região Norte

 

 

 

Rondônia

4,7

5,2

4,7

Acre

4,6

5,1

4,5

Amazonas

4,3

4,7

4,2

Roraima

4,7

5,0

4,8

Pará

4,2

4,0

3,8

Amapá

4,1

4,0

4,3

Tocantins

4,9

5,1

4,6

Região Nordeste

 

 

 

Piauí

4,4

4,5

3,9

Ceará

4,9

5,2

4,3

Rio Grande do Norte

4,1

4,4

3,8

Paraíba

4,3

4,5

4,1

Pernambuco

4,3

4,7

4,3

Alagoas

3,8

4,1

3,5

Sergipe

4,1

4,4

4,1

Bahia

4,2

4,3

3,8

Região Sudeste

 

 

 

Minas Gerais

5,9

6,1

5,7

Espírito Santo

5,2

5,4

5,3

Rio de Janeiro

5,1

5,2

5,4

São Paulo

5,6

6,1

5,8

Região Sul

 

 

 

Paraná

5,6

5,9

5,6

Santa Catarina

5,8

6,0

5,5

Rio Grande do Sul

5,1

5,6

5,3

Região Centro-Oeste

 

 

 

Mato Grosso do Sul

5,1

5,2

4,7

Mato Grosso

5,1

5,3

4,7

Goiás

5,3

5,7

5,2

Distrito Federal

5,7

5,9

5,8

Fonte: Inep/MEC.

O Estado com maior Ideb nos anos iniciais nas escolas públicas é Minas Gerais, com 6,1. Já o menor índice é de 4,0 do Pará e do Amapá.

Nos Anos Finais (6º ao 9º ano), apenas 39,6% dos municípios atingiram as metas para a rede pública, responsável por 86,5% das crianças matriculadas na etapa de ensino. Cerca de 26% dos alunos estudam em redes de ensino com Ideb menor do que 3,4.
Na tabela abaixo, veja o Ideb total (rede pública e privada) de cada unidade da federação para Anos Finais:

Unidade da federação

Ideb 2011

Ideb 2013

Meta para 2013

Região Norte

 

 

 

Rondônia

3,7

3,9

4,2

Acre

4,2

4,4

4,4

Amazonas

3,8

3,9

3,6

Roraima

3,7

3,7

4,3

Pará

3,7

3,6

4,2

Amapá

3,7

3,6

4,4

Tocantins

4,1

3,9

4,2

Região Nordeste

 

 

 

Piauí

4,0

4,0

3,9

Ceará

4,2

4,4

4,0

Rio Grande do Norte

3,4

3,6

3,7

Paraíba

3,4

3,5

3,6

Pernambuco

3,5

3,8

3,6

Alagoas

2,9

3,1

3,3

Sergipe

3,3

3,2

3,9

Bahia

3,3

3,4

3,6

Região Sudeste

 

 

 

Minas Gerais

4,6

4,8

4,6

Espírito Santo

4,2

4,2

4,7

Rio de Janeiro

4,2

4,3

4,5

São Paulo

4,7

4,7

5,0

Região Sul

 

 

 

Paraná

4,3

4,3

4,4

Santa Catarina

4,9

4,5

5,1

Rio Grande do Sul

4,1

4,2

4,7

Região Centro-Oeste

 

 

 

Mato Grosso do Sul

4,0

4,1

4,2

Mato Grosso

4,5

4,4

3,9

Goiás

4,2

4,7

4,4

Distrito Federal

4,4

4,4

4,7

Fonte: Inep/MEC


O Estado com o maior Ideb de escolas públicas nos Anos Finais é novamente Minas Gerais, com 4,8. Em contrapartida, Alagoas apresenta o índice mais baixo: 3,1.

Políticas

Ruben Klein, consultor da Fundação Cesgranrio e presidente da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave), destaca a melhora nas taxas de aprovação para as etapas de ensino. “Foram elas que puxaram a subida dos índices. É importante destacar que a reprovação está caindo, porque isso traz efeitos positivos sobre o ensino brasileiro. Um exemplo: com turmas mais homogêneas no que se refere à idade adequada, a aprendizagem se torna mais fácil”, explica.

Sobre o crescimento mais tímido dos anos iniciais nesta edição do Ideb, ele afirma que, quanto maior fica o índice, se torna mais difícil melhorar o desempenho. “Além disso, o Pnaic (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) é recente e seus efeitos ainda não são sentidos nessa edição”, afirma. 

Para Klein, os anos finais são o verdadeiro gargalo da Educação brasileira. “É um grande desafio porque essa estagnação impacta diretamente no Ensino Médio”, diz. “Não adianta os alunos dos anos iniciais chegarem melhor ao 6º ano se a escola que encontram é a mesma e não mudou para recebê-los.”

Para consultar o Ideb de sua escola, cidade, Estado ou região, clique aqui. 

Para ler mais reportagens sobre a cobertura do Ideb pelo Todos Pela Educação, clique abaixo:

PNE tem metas específicas para o Ideb

Entenda como o Ideb é calculado

Ideb do Ensino Médio fica abaixo da meta do governo pela primeira vez




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