O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é a principal medida que o Brasil tem atualmente para avaliar a qualidade do sistema de ensino. De zero a dez, é possível ter uma noção do progresso de uma escola, uma rede (pública ou privada), um município, um Estado e o próprio País a cada dois anos.

No Plano Nacional de Educação, sancionado em junho de 2014, está estabelecido que o Ideb é o indicador a ser acompanhado no monitoramento da meta 7, a que trata da qualidade do sistema educacional brasileiro (leia mais aqui). Além disso, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), estipulado pelo Ministério da Educação em 2007, define que, até 2022, o Brasil chegue ao Ideb 6,0, mesmo patamar médio de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) (leia mais abaixo).

Criado em 2007, durante a gestão do então ministro da Educação Fernando Haddad, o índice leva em consideração duas vertentes essenciais: aprendizagem e fluxo. As duas se equilibram no cálculo matemático do índice, de forma que não é possível um aumento no resultado, melhorando apenas um dos dois fatores.

A aprendizagem é medida pelo desempenho dos alunos em avaliações de larga escala de português e matemática. Para o Ensino Fundamental (5º e 9º ano), é aplicada a Prova Brasil, cujo nome técnico é Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc). Ela é censitária para as redes públicas (municipais, estaduais e federal). Participam apenas escolas com no mínimo 20 crianças matriculadas nos anos avaliados.

Para o Ensino Médio, é levado em conta o resultado da Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb), conhecida como Saeb. Ela é amostral e reúne dados do desempenho de estudantes do 5º e 9º anos do Fundamental e do 3º do Ensino Médio, de unidades escolares públicas e privadas. É por meio do Saeb que se calcula o Ideb dos Estados, das regiões e do Brasil.

Já os dados de fluxo escolar são obtidos por meio do Censo Escolar do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (Inep), realizado anualmente.

Metas

Além de ser de mais fácil assimilação pela sociedade, o Ideb tem outra vantagem: abrange metas bienais intermediárias para escolas, municípios, unidades da federação e o País.

As metas fazem parte do Compromisso Todos pela Educação, documento que integra o PDE, e levam em consideração a situação específica de cada avaliado. Ou seja, são individuais e refletem o patamar de onde a escola ou rede partiu quando o Ideb foi criado e a que ritmo deve progredir para que o país atinja 6,0 no ciclo I do Fundamental em oito anos.
Para saber mais sobre a Prova Brasil, clique aqui.

Para ler a nota técnica sobre a metodologia de cálculo do Ideb, clique aqui. 

http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/31354/entenda-como-o-ideb-e-calculado/