O “MITO” da educação pública do RS
“Sou um professor da rede pública estadual do Rio Grande do Sul
William
Sou um professor concursado e satisfeito da forma com que o Governador do Estado, o Senhor Tarso Genro e principalmente o grande companheiro de lutas do magistérios, Secretário de Educação José Clóvis de Azevedo, tem tratado a educação pública nesse Estado tão próspero e desenvolvido.
Primeiramente gostaria de ressaltar o quanto o governador é um abnegado pela luta do magistério, pois afinal, foi ele quem assinou a Lei do Piso Nacional do Magistério, uma lei que veio a dar dignidade ao professor e fazer com que nenhum receba um salário abaixo do valor estabelecido que ele mesmo criou.
E chegando ao posto de “chefe maior” da nossa unidade federativa, o primeiro ato que o mesmo tomou foi de cumprir esta lei em sua integralidade. Não precisou nem o magistério se mobilizar para isso. E a integralidade se dá não só no valor do salário mas também no cumprimento do 1/3 de hora atividade baseado na hora/aula, pois ele como um tremendo advogado trabalhista, sabe muito bem que a lei sempre está ai para defender o trabalhador e não o patrão,
Já o nosso Secretário José Clóvis.. Nossa, o que falar deste cara que tem um histórico de lutas em defesa do magistério e dentro do CPERS. Se vocês não lembram, ele fazia parte daquele greve de 90 e poucos dias, no governo Simon se não me falhe a memória, a maior greve já feita na história da categoria. Depois disso, ainda se dedicou a vida acadêmica lançando livros sobre o cotidiano da escola, escola cidadã entre outros temas.
Ele foi o secretário que, como não poderia ser diferente, mais dialogou e ouviu a categoria. Fez uma mudança no ensino médio com uma proposta inovadora que fora construída pelos professores em amplos debates envolvendo a comunidade escolar. Soube ser humilde o suficiente em reconhecer alguns erros quando essa proposta fora colocada em prática e, novamente através do dialogo com a categoria, fez as mudanças necessárias que fazem hoje 99% dos professores terem satisfação por ser exemplo ao Brasil de que é possível colocar em prática um ensino que emancipe verdadeiramente o aluno.
E a infraestrutura das escolas então… Todas passaram por amplas reformas onde hoje, se você entrar dentro de qualquer escola estadual, pensará que está dentro de uma escola privada. Escolas equipadas com quadras poliesportivas cobertas, a maioria inclusive com ginásio. Salas de aula em plenas condições receber os alunos e professores, algumas inclusive com climatização, laboratórios de informatica com a presença de monitores concursados, bem como bibliotecas com bibliotecários. Aquela história de professores cedidos para trabalhar na biblioteca e outras funções na escola acabou, graças a esse secretário.
E a falta de professores no inicio de ano letivo? Ah, isso é um MITO!
Hoje, contamos com uma rede composta com sua quase totalidade de professores CONCURSADOS. Professor contratado só para suprir necessidades especificas como de licença-saúde/maternidade ou licença-interesse. Os professores do Currículo, todos tem seu dia de planejamento garantido, onde professores de educação fisica, artes, filosofia e outras áreas, respeitando a autonomia de cada escola sobre a disciplina a ser inserida nas séries iniciais, suprem esse dia em que o professor deixa a sala de aula para planejar as atividades de seus alunos. E outra coisinha importante, nenhum professor da aula de disciplina que não é sua formação. Sabe aquela coisa de professor de Geografia dar aula de história, de professor de Matemática dar aula de física entre outros exemplos: Isso não acontece mais!
E quando os professores por ventura resolvem entrar em greve, pois todos sabem que professor adora arranjar algum motivo para greve, o secretário sempre apoia o movimento grevista. E não poderia ser diferente, afinal, ele por muitos lados estava do outro lado, lutando por direitos e não poderia ir contra a história de luta que ele construiu frente a categoria.
Ameaça de cortar o ponto? Não, jamais! Um companheiro de luta jamais poderia agir assim, pois seria considerado um TRAIDOR frente a categoria.
Nisso tudo, não podemos esquecer do importante papel de sua fiel escudeira, e também companheira de lutas, Maria Eulália Nascimento, que tem um papel importantíssimo dentro desse governo, sempre dialogando com a categoria, sempre do lado da categoria.
Por fim, hoje temos uma categoria unida e forte, satisfeita com os rumos que a educação pública estadual tem seguido, com as politicas implementadas por este governo e principalmente, da forma que ela é valorizada, algo nunca antes acontecido em nosso magistério.
Obrigado Tarso! Obrigado José Clóvis! Obrigado Maria Eulália!”
Enfim, esse texto regado de ironias e sarcasmos (e mentiras) é o mundo da fantasia que o Tarso, José Clóvis e Maria Eulália querem que a sociedade Gaúcha pense sobre a educação Gaúcha. Já passou da hora da categoria se mobilizar e denunciar as faláceas deste governo que mesmo com 13 mil aprovados do último concurso, permite que centenas de escolas iniciem o ano letivo com falta de professores. Que abre edital para a contratação de professores temporários, além dos mais de 20 mil que trabalham dentro desse regime “temporário”.
Que desrespeita a lei do piso tanto na questão salarial, quanto no cumprimento do 1/3 da hora atividade de acordo com a hora/aula, além dos professores das séries iniciais que não tem nenhuma hora/atividade. Que permite que professores dêem aulas de disciplinas fora de sua área de formação.
Enfim, motivos não nos faltam para denunciar como se encontra a educação pública Estadual do Rio Grande do Sul
http://politicasempartido.wordpress.com/2014/03/22/o-mito-da-educacao-publica-do-rs/