Brasil - menos investimento por aluno
Brasil está entre os países que menos investe por aluno, afirma OCDE
De acordo com a pesquisa "Education at a Glance 2014", realizada pela Organização pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com base em dados de 2011, o Brasil é um dos países analisados pela organização que mais investe em educação, estando acima da média em porcentagem dos gastos públicos dedicada ao setor. Por outro lado, o gasto por estudante ainda fica muito distante da média dos países da OCDE.
Em 2011, o governo brasileiro gastou em educação 19% do total de seu gasto público, estando bem acima da média da OCDE de 13%, e é o quarto mais alto entre todos da OCDE e países parceiros com dados disponíveis. O gasto público total em educação representou 6,1% do PIB, e está também acima da média da OCDE de 5,6%, assim como acima de outros países latino-americanos como Chile (4.5%), México (5.2%), e Colômbia (4.5%).
Além disso, o gasto com instituições educacionais tem aumentado em um ritmo mais acelerado que o PIB no período de 2000 a 2011. O gasto público total educacional brasileiro cresceu de 3,5% do PIB em 2000 para 6,1% em 2011, o maior crescimento de toda OCDE e países parceiros do G20 com dados disponíveis no período.
No entanto, quando calculado por estudante, o gasto público em instituições públicas de todos os níveis educacionais combinados foi de 2.985 dólares, o que é bem abaixo da média OCDE de 8.952 dólares, usando a equivalência de dólar por poder de paridade de compra. Esse valor é o segundo mais baixo entre todos os países da OCDE e países parceiros.
Taxas de matrícula
As taxas de matrícula tem crescido fortemente para todos os grupos de idade da pré-escola e anos iniciais do ensino fundamental no Brasil. Entre 2005 e 2012, a taxa de matrícula das crianças de 4 anos de idade cresceu de 37% para 61% e a das de 5 anos de idade de 63% para 83%. Para comparar, a taxa de matrícula média da OCDE em 2012 foi de 84% para as crianças de 4 anos e 94% entre aquelas de 5 anos. As taxas de matrícula dos jovens também cresceu mas em um ritmo mais lento, chegando a 78% na faixa de 15 a 19 anos e 22% entre 20 e 29 anos em 2012. As taxas de matrícula ainda permanecem baixas e estão abaixo da media da OCDE para todos os grupos de idade entre 3 e 29 anos.
Apesar desses aumentos, o percentual de jovens e adultos que não trabalham nem estudam (NEM-NEM) tem se mantido praticamente constante durante o período de 2005 a 2012, por volta de 20% para todos os níveis educacionais. No mesmo período, a média OCDE permaneceu de 15%.
Confira abaixo os dados completos do Brasil na pesquisa "Education at a Glance 2014" em comparação com as médias OCDE (clique na imagem para ampliar):
Imagem: Reprodução "Education at a Glance 2014".
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