Educação: conheça as propostas dos candidatos
Educação: conheça as propostas dos candidatos à presidência para a área
As eleições presidenciais se aproximam e, para contribuir com os eleitores e ajudar na decisão sobre o voto, a Profissão Mestre reuniu, com base nos programas de governo dos principais candidatos, as propostas de cada um deles para a educação. A escolha dos candidatos para esse levantamento teve como base a pesquisa Datafolha de 10 de setembro* (estudo mais recente até o fechamento desta matéria). Foram selecionados aqueles que superaram 2% das intenções de voto na pesquisa: Dilma Rousseff (PT), que teve 36% das intenções de voto; Marina Silva (PSB), com 33%; e Aécio Neves (PSDB), com 15%.
A ordenação das propostas a seguir também segue, de maneira decrescente, a ordem dos candidatos, de acordo com as intenções de voto. Os tópicos foram extraídos dos programas de governo disponibilizados nos sites oficiais de cada presidenciável. Confira a seguir as principais propostas de cada um deles:
Dilma Rousseff
- Continuação do investimento em infraestrutura social e econômica, com o objetivo de construir uma sociedade do conhecimento.
- Manutenção do compromisso assumido para aumento do orçamento federal para o setor, principalmente por meio do investimento das verbas provenientes do pré-sal.
- Aumento na oferta de creches, de modo a universalizar a educação infantil de 4 a 5 anos até 2016, e no número de vagas para educação integral, de maneira que ela alcance 20% da rede pública até 2018.
- Promoção do Pacto Nacional pela Melhoria de Qualidade do Ensino Médio, em parceria com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o qual irá garantir a formação plena dos jovens brasileiros até 2016.
- Maior oferta de vagas e maior acesso ao ensino superior e técnico, principalmente por meio da expansão da rede federal de ensino e da segunda fase do Pronatec, que criará mais 12 milhões de vagas até 2015.
- Manutenção de políticas como o programa Ciências sem Fronteiras e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
- Implantação de Plataformas do Conhecimento, as quais preveem a interação entre cientistas, instituições de pesquisa e empresas, o que permitirá acelerar a produção de conhecimento e a transformação deste em produtos e processos inovadores.
- Fazer da educação o setor “responsável pelo êxito das metas de várias outras áreas da administração pública”.
Marina Silva
- Implementar a educação integral no ensino básico por meio de reestruturação curricular e formação de docentes, considerando as realidades das distintas regiões brasileiras. Educação ambiental, atividades esportivas, agrícolas e tecnológicas farão parte do ensino integral.
- Reestruturar o Programa Mais Educação e transformá-lo em política de Estado de educação integral para toda a educação básica.
- Investir na infraestrutura das escolas e na construção de novas unidades.
- Estabelecer parcerias com universidades federais para a formação continuada de professores para o ensino integral.
- Incentivar maior participação das famílias e da comunidade no processo educacional.
- Buscar erradicar o analfabetismo e reduzir o analfabetismo funcional no Brasil. Subsidiar projetos em áreas de alta vulnerabilidade social. Criar programa para diminuir o atraso escolar.
- Universalizar para todas as crianças o acesso e a permanência em uma escola de qualidade. Criar creches públicas para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), por meio da promoção das condições efetivas de construção nos municípios e de convênios com entidades privadas.
- Criar uma política de responsabilização pelos resultados de indicadores educacionais, que serão ampliados e monitorados.
- Integrar ensinos médio e profissionalizante, avaliar e incrementar o Pronatec e as escolas técnicas.
- Ajudar estados e municípios a cumprirem o piso nacional de professores.
- Acelerar a meta de financiamento do PNE e implementar o Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi).
Aécio Neves
- Criação do Promédio, similar ao Programa Universidade para Todos (ProUni), mas voltado ao o ensino médio, por meio da concessão de bolsas de estudo para alunos carentes em escolas privadas.
- Resgatar 20 milhões de jovens que abandonaram a escola para trabalhar. Quem voltar à escola ganhará um salário mínimo para continuar estudando.
- Incentivar a dedicação à escola em regiões com alto índice de abandono dos estudos. Estudantes com boas notas receberão R$ 3 mil quando concluírem o ensino médio.
- Aumento do investimento na educação para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2019, com o intuito de alcançar os 10% em 2014.
- Apoio aos municípios na criação de 900 mil vagas na pré-escola, que deverá ser universalizada até 2016.
- Apoio aos estados na criação de mais vagas no ensino médio diurno, além de incentivos para aumentar a oferta de cursos superiores nas áreas tecnológicas e estimular ampliação de vagas em cursos diurnos de formação de professores.
- Progressiva eliminação do ensino noturno para os jovens que não trabalham.
- Melhoria dos salários dos professores de educação básica mediante aumento da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
- Criação de incentivos para melhorar a formação, a carreira e a remuneração dos professores, bem como para valorizar e reconhecer os educadores. Remuneração inicial atrativa e adequada ao equilíbrio entre remuneração inicial e final.
*Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 8 e 9 de setembro de 2014 com 10.568 entrevistados em 373 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Registro no TSE: BR-00584-2014.
Fotos retiradas dos materiais disponibilizados nos sites de cada candidato. Montagem: Alana Plantes.