Educação sem poder?
06 de agosto de 2014
A notícia é alarmante e muito preocupante! O Conselho Estadual de Educação (CEED) analisa um parecer que tem por finalidade impedir, proibir, as direções das escolas de aplicar punições aos alunos que infringirem as regras disciplinares.
Ora, sem maior esforço, é fácil constatar que estamos diante de uma regra absurda que, totalmente alheia ao princípio educacional, pretende tratar o transgressor com parcimônia, ao invés de dar-lhe uma punição exemplar. Também, sem maior esforço, se pode concluir que tal medida será um incentivo indiscriminado à transgressão!
Após as escolas assumirem o papel dignificante de se tornarem o braço de auxílio à educação (inclusive comportamental) dos alunos, ensinando-lhes muitas vezes uma disciplina que não recebem adequadamente nas suas casas, surge um parecer destinado a, literalmente, cortar as asas da educação das escolas. Quando, para satisfazer as estatísticas, as escolas já aprovam indiscriminadamente seus alunos, independente da qualificação necessária para galgarem o degrau superior na hierarquia de conhecimento, agora passarão se aprovado tal disparate também a formar novos transgressores com a impunidade pretendida.
Esta impunidade que faz crescer os desvios de conduta ética e moral de uma sociedade passará a ter uma especialização na própria escola. O Brasil não precisa de mais “pós-graduados” em transgressão. Já os temos de sobra, em todos os níveis: desde os delinquentes que superlotam os presídios nacionais, até aqueles que mancham a ética com a corrupção desvairada que se espraiou pelos quatro cantos do país. Em todos os níveis e setores! Sejam públicos ou privados.
A ideia do parecer é que estes estudantes transgressores sejam “corrigidos” através de carinho e diálogo, inclusive com os familiares do infrator. Se medidas utópicas como esta alcançassem realmente um resultado efetivo, bastaria um bom e pontual diálogo para resolver o gravíssimo (e praticamente insolúvel) problema do uso de drogas e suas consequências funestas.
Com a palavra os estudiosos do comportamento humano.