Direção do CPERS/Sindicato é empossada
Nova direção do CPERS/Sindicato é empossada oficialmente
Em um clima de esperança e alegria tomou posse, na noite de sexta-feira, 1º de agosto, a nova diretoria do CPERS/Sindicato, que terá como presidente a professora Helenir Oliveira. A solenidade ocorreu na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre, e reuniu milhares de educadores de todo o Estado. Entre as autoridades presentes estiveram representantes da CGTB, CTB, Conlutas, CNTE, CUT e lideranças dos movimentos sociais e estudantis.
Em seu discurso, Helenir destacou a importância da retomada da luta pela valorização profissional e por avanços à educação pública gaúcha. Segundo ela, o diálogo com a categoria, com os poderes do Estado e com a sociedade será uma das principais ferramentas de luta do CPERS/Sindicato.
“Teremos uma relação de diálogo e negociação tanto com este governo que encerra seu mandato no final deste ano quanto com o que vier a assumir, sempre resguardando o princípio cutista de autonomia e independência, não somente dos governos, mas, também, dos partidos políticos. Enquanto indivíduos podemos ter nossas opções partidárias, porém, enquanto direção desta entidade nosso partido será a educação, respeitando a pluralidade de nossa categoria”, afirmou.
Ainda de acordo com Helenir, a partir de segunda-feira, dia 4, a equipe diretiva iniciará uma grande mobilização visitando as escolas, escutando a categoria e colocando-a como protagonista neste próximo período.
Apoio das Centrais
O representante do Conlutas, Érico Correa, observou que o CPERS/Sindicato deve lutar contra a criminalização dos movimentos sociais e afirmou seu apoio: “Estamos lado a lado com a categoria em todas as lutas.”
Sérgio de Miranda, presidente da CTB, observou que na última década foram obtidas muitas conquistas pelos trabalhadores, mas ainda é preciso avançar mais, principalmente em relação aos professores. “Nós nos somamos ao CPERS/Sindicato para que os educadores desse país sejam realmente reconhecidos e valorizados.”
O membro da Executiva Nacional da CGTB, Éder Pereira da Silva, também prestigiou a posse e demonstrou seu apoio. “A importância do CPERS/Sindicato vai além da categoria, envolve toda a sociedade”, declarou.
Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), destacou a importância de realizar um grande debate para se conhecer os planos estaduais e municipais de educação. “E aqui, no Rio Grande do Sul, vamos exigir o cumprimento da Lei do Piso. Vamos trabalhar juntos”, disse.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas de Moraes, ressaltou a importância e o papel do sindicato. Segundo ele, “o CPERS/Sindicato não é de nenhuma central, ele é do professor, da professora, dos funcionários de escola e dos aposentados. O sindicato é laico. É de uma instituição de luta e representa os trabalhadores em educação.”
Compromissos com a categoria
Na ocasião, a nova presidente do CPERS/Sindicato reforçou as principais bandeiras do sindicato: exigir o pagamento do Piso Nacional como vencimento básico do Plano de Carreira; disputar, para a educação pública, os recursos do Pré-Sal e dos royalties do petróleo; a aplicação dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) previstos no Plano Nacional de Educação (PNE); e os 35% previstos na Constituição Estadual.
Ainda destacou a importância de luta pela manutenção, melhoria e ampliação do IPE Saúde; por uma nova Lei do Vale-Refeição, sem estorno; exigir a publicação das promoções, com efeito retroativo, para professores, funcionários de escola e aposentados; criar espaços para discussão de temas de interesse dos aposentados, defendendo suas propostas; buscar a realização de concursos para professores e funcionários de escola e a nomeação imediata dos aprovados; recuperar o protagonismo do CPERS/Sindicato na defesa da educação pública e de qualidade; e retomar as tão necessárias e importantes discussões pedagógicas.
http://cpers.com.br/index.php?&menu=1&cd_noticia=3951
Presidente do Cpers brigará por contratações e mais associados
Pelos próximos três anos, o Cpers-Sindicato terá no comando uma presidente que avalia que greves “irresponsáveis” desgastaram a imagem da entidade, mas diz que a pressão pelas reivindicações continuarão e, se necessário, a categoria irá para a rua.
Helenir Oliveira e nova diretoria tomaram posse, ontem, em cerimônia na Capital. Antes do evento, a nova presidente reforçou o discurso considerado mais ameno que o da gestão anterior, comandada por Rejane de Oliveira. Helenir se diz aberta ao diálogo com o governo estadual. Nas eleições de junho, em uma disputa acirrada, derrotou três concorrentes, com 38% dos votos válidos.
– Quando se fala em diálogo e negociação, não quer dizer que tu sejas ingênuo e que uma mesa de negociação nos levará a conversas infinitas. Tudo tem limite. Quando sentarmos para conversar com qualquer governo, a nossa base terá informações de todos os passos da direção. A categoria, quando acha que deu, aponta a direção. Não é a direção que vai dizer que é hora de fazer greve – afirma a professora de português.
Filiada ao PT, Helenir assumiu o posto bem humorada. Em entrevisita coletiva, ontem, dispensou o microfone alegando que sindicalista tem voz forte. E foi em tom elevado que garantiu a permanência de lutas antigas, como piso salarial e plano de carreira.
Na segunda-feira, a nova diretoria deve solicitar audiência com o governo para apresentar os pontos que consideram urgentes, como a abertura de concurso para funcionários e a nomeação imediata dos professores. Realizada em maio do ano passado, a seleção para o magistério teve 13.108 professores aprovados, mas apenas 3.770 chamados até agora.
– Há gente nomeada que ainda não foi chamada. Onde houver banco de espera não vamos admitir que se contrate emergencialmente – afirmou Helenir.
Alertada por quem já teve acesso à parte financeira do sindicato, a nova presidente diz que a gestão começará a operar no vermelho. Por isso, atrair mais professores para o Cpers é uma das metas.