Confira livros publicados em 2014
Confira 15 livros publicados no Brasil em 2014 que você precisa ler
ZH fez uma lista para você celebrar o Dia Nacional do Escritor
Vinte e cinco de julho é o Dia Nacional do Escritor. Para comemorar a data, o editor do caderno PrOA, de ZH, Carlos André Moreira, listou 15 obras lançadas no Brasil em 2014 que são imperdíveis. Confira:
1. Os Luminares, de Eleanor Catton
A escritora neozelandesa Eleanor Catton (foto), de 28 anos, foi a pessoa mais jovem a ser agraciada com o Man Booker Prize, com Os Luminares. O romance conta a história do caçador de fortunas Walter Moody, durante a corrida pelo ouro na Nova Zelândia, em meados do século XIX.
2. O Brasil é Bom, de André Sant'Anna
Os 22 contos que formam O Brasil é bom, tratam da velha classe média que observa - apavorada e temerosa - a ascensão da nova classe média, falam sobre o consumismo, como uma epidemia nociva, e também abordam o dinheiro e a Igreja.
3. A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa
Alberto Mussa reconstrói, com o misto de prosa ensaística e literária que é característico de seu trabalho, o primeiro crime de sangue registrado no ainda jovem território do Brasil. Leia a resenha completa.
4. Arrecife, de Juan VIlloro
Se uma narrativa começa com a descoberta de um cadáver, é bastante provável que se trate de um história policial. Isso é verdade apenas até certo ponto para Arrecife, romance do mexicano Juan Villoro. Embora não deixe de ser uma história de crime, Arrecife não busca apenas a resolução de um único homicídio, mas a reconstrução do caminho que levou o próprio país a um inferno social e criminal.
5. Antes que eu queime, de Gaute Heivoll
O livro apresenta a pequena localidade de Finsland, onde os moradores vivem apavorados devido a uma série de incêndios criminosos. Além do temor do fogo em si, todos receiam que o criminoso seja um familiar, um vizinho, um amigo. Nesse ambiente nasce um menino que, anos mais tarde, resolve se tornar escritor e contar a vida de seu vilarejo. O livro ganhou o Prêmio Brage 2010, um dos mais importantes da Noruega.
6. Goya: À Sombra das Luzes, de Tzvetan Todorov
Tzvetan Todorov, que esteve em Porto Alegre há dois anos no seminário Fronteiras do Pensamento, investiga luz e sombra na obra de Goya, mas não no sentido concreto do jogo cromático. As luzes, aqui, são as do Iluminismo, e as sombras, a obra "secreta" do pintor, criada à margem da atividade como artista oficial da corte que durante anos garantiu seu sustento.
7. O Rei de Amarelo, de Robert W. Chambers
O Rei de Amarelo, do escritor americano Robert W. Chambers (1865 — 1933), foi publicado em 1895, mas foi preciso uma série de sucesso na TV mais de cem anos depois para que ele ganhasse uma chance no mercado livreiro nacional. As referências a um "Yellow King" no programa True Detective, exibido pela HBO, despertaram o interesse sobre esta obra considerada um clássico do horror e uma influência para nomes como H.P. Lovecraft e Robert E. Howard, anos mais tarde.
A obra se estrutura em 10 contos ligados entre si por um "livro dentro do livro": uma peça em dois atos chamada O Rei de Amarelo, "terrível em sua simplicidade, irresistível em sua verdade". O texto da peça, do qual Chambers sabiamente fornece apenas versos isolados e vislumbres, tem o perturbador efeito de levar quem o lê à loucura, pelo horror retratado em suas páginas.
8. Matteo Perdeu o Emprego, de Gonçalo M. Tavares
Um dos escritores mais prolíficos e originais da língua portuguesa, Gonçalo M. Tavares (foto acima) faz uma literatura que, elíptica e concisa, é bastante aberta a interpretações críticas. Aqui, ele inova por apresentar um livro que é parte ficção, parte ensaio sobre essa mesma ficção.
9. A História do Dinheiro, de Alan Pauls
Para abordar os anos de ditadura militar de seu país, o argentino Alan Pauls (foto), 55 anos, resolveu não falar em armas, generais e intrigas políticas. Ao invés disso, usou lágrimas, penteados e moedas. Foi pelo viés da vida cotidiana que o autor de O Passado, adaptado para o cinema por Hector Babenco em 2007, retrata a Argentina dos anos 1970 nos romances História do Pranto, História do Cabelo e História do Dinheiro.
O terceiro volume desse tríptico
traz personagens sem nome em uma narrativa repleta de vaivéns, às vezes desnecessariamente truncada, em que um garoto cresce em meio a adultos com relação obsessiva com o dinheiro — um pai jogador compulsivo e uma mãe que se dedica a aumentar uma casa de modo desmedido.
10. De Repente, uma batida na Porta, de Etgar Keret
Cineasta e também autor de quadrinhos, Keret tornou-se um escritor de renome mundial com seus contos bem-humorados e não usuais, que se aproximam frequentemente do fantástico e do nonsense. Publicado em 34 idiomas, esse é o seu primeiro livro lançado no Brasil.
Um resumo apressado de F pode descrever um thriller de suspense: garota se infiltra na equipe de uma produção cinematográfica com objetivo de assassinar o diretor em ação — o cultuado Orson Welles. Não está errado, mas incompleto. O terceiro romance de Antônio Xerxenesky é muito mais do que a empolgante saga de uma matadora de aluguel.
Leia mais. 12. Poesia Total, de Waly Salomão
Ícone da contracultura brasileira, Waly Salomão (1943 — 2003) ganha um volume com toda sua obra reunida. Conhecido como letrista, é responsável por canções como Vapor Barato (com Jards Macalé), popular na voz de Gal Costa, e Mel (com Caetano Veloso), do repertório de Maria Bethânia. Além dos livros de Waly, Poesia Total reúne letras inéditas e textos críticos de Antonio Cicero, Francisco Alvim, Heloisa Buarque de Holanda, entre outros. O resultado contextualiza historicamente a obra do poeta e dá a dimensão de seu gênio criativo.
13. Pensando o Século XX, de Tony Judt
Último livro de Tony Judt, Pensando o século XX mapeia os problemas e as preocupações de uma era turbulenta.
14. Lionel Asbo, de Martin Amis
O livro conta a história dos Pepperdine, uma família conturbada que vive em um subúrbio de Londres. Leia o resumo.
15. À Noite Andamos em Círculos, de Daniel Alarcón
A vida de Nelson não está tomando o rumo que ele queria. Sua ex-namorada está morando com outro; seu irmão mais velho emigrou para os Estados Unidos e não cumpriu a promessa de levá-lo junto; e ele próprio tem de viver ao lado da mãe viúva, tentando estabelecer uma carreira de ator e dramaturgo que não decola, num país latino-americano recém-saído da guerra civil. Tudo muda quando ele é o escolhido para encenar uma peça lendária.