EAD o grande negócio

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EDUCAÇÃO A DI$TÂNCIA: O GRANDE NEGÓCIO

Setores privatistas da educação estão eufóricos com a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação). Lá, os 10% do PIB incluem verbas públicas para o setor privado através do FIES e do PROUNI. Só para ter-se uma ideia, o PROUNI, de 2006 a 2012, é responsável por uma renúncia fiscal de R$ 32 bilhões. O FIES (Financiamento Estudantil com juros de 3,4% ao ano e prazo de carência de 18 meses até 13 anos) tem inadimplência altíssima. É quase empréstimo a fundo perdido. Desde sua criação foram dezenas de bilhões de reais consumidos.

Agora, grandes empresas de educação querem que o FIES seja estendido a cursos de educação à distância (EAD), pois até agora só é possível empréstimos para curso presencial. No ano passado, foram fechados quase 560 mil contratos do FIES, que somaram R$ 4,4 bilhões.

Segundo o jornal Valor Econômico, no acumulado dos últimos quatro anos, foi desembolsado pelo governo R$14,6 bilhões.O maior grupo privado do País, a Kroton-Anhanguera, possui 50% dos alunos estudando pelo FIES. E mais, dos quase 1 milhão de alunos dessa empresa de educação, 450 mil são de educação à distância (EAD). Vejam o porquê de tanta satisfação dos que transformaram educação em mercadoria.

Enquanto isso, a lógica é de sucateamento da Universidade Pública, onde apesar de contar hoje com 26% dos alunos do ensino superior, realizam 95% da pesquisa e extensão.Está mais que demostrando que a escolha governamental é por fortalecer o setor privado e comercial da educação.

 

Ivan Valente
Deputado Federal – PSOL/SP




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