Estudantes chilenos protestam

Estudantes chilenos protestam

Estudantes chilenos voltam a protestar contra reforma educacional de Bachelet

Desde 2011 são realizadas grandes manifestações para exigir melhora no sistema de ensino

 Segundo organização, passeata reuniu 80.000 pessoas<br /><b>Crédito: </b> Claudio Reyes / AFP / CP

Segundo organização, passeata reuniu 80.000 pessoas
Crédito: Claudio Reyes / AFP / CP


Milhares de estudantes chilenos protestaram nesta terça-feira contra a reforma da educação proposta pelo governo de Michelle Bachelet, por acreditarem que ela não vai possibilitar uma educação pública de qualidade e gratuita. "Subsidiados, não vendidos!" e "Só com a força do movimento estudantil erradicaremos o mercado da educação" indicavam cartazes exibidos na passeata.


A manifestação, convocada pelas principais organizações estudantis do país, percorreu as ruas do centro da capital Santiago em um ambiente festivo, com a presença de professores. Participaram 80.000 pessoas, segundo a organização. Distúrbios isolados e confrontos com a polícia ocorreram ao fim da protesto.

Esse foi o terceiro ato desde o início do novo governo de Bachelet, em março. O movimento estudantil mostrou novamente sua oposição aos primeiros projetos da reforma educacional, considerados ineficientes. Os estudantes também querem maior participação no processo.

"O governo apropriou-se de nossas palavras de ordem, mas não do conteúdo dessas palavras", afirmou à agência de notícas AFP Luis Yañez, presidente do Sindicato Unitário dos Trabalhadores da Educação (SUTE), que reúne professores e auxiliares docentes. Ele também criticou a mercantilização do ensino.

Um primeiro conjunto de leis pretende acabar com o co-financiamento e com o lucro em escolas subsidiadas pelo governo, assim como a seleção dos alunos, que gera segregação social. Para os ativistas, no entanto, o projeto não cumpre seu objetivo de eliminar as lógicas de mercado na educação.

Desde 2011 os estudantes exigem em grandes manifestações uma educação pública de qualidade, em um país com um dos sistemas educacionais mais desiguais do mundo, herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Correio do Povo




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