Distorção do fluxo escolar
Educadores procuram soluções para distorção do fluxo escolar
Segundo ministro da Educação, grande nó está no sexto ano do Ensino Fundamental ou no primeiro ano do Ensino Médio
Fonte: MEC 14 de maio de 2014
O Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, promoveu na tarde desta quarta-feira, 14, em Brasília, o seminário Direitos de aprendizagem: Desafio da adequação idade-ano. No encontro, gestores e educadores discutiram a trajetória dos estudantes brasileiros da educação básica e apresentaram experiências no uso de novas tecnologias na correção do fluxo.
O evento teve a participação do ministro da Educação, Henrique Paim, e do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico Soares.
Segundo o ministro, a correção da distorção idade-ano é um dos desafios para a educação básica brasileira. “O Brasil avançou muito em relação aos anos iniciais, e nós temos segurança que continuaremos tendo bons resultados”, observou. “O grande nó que nós temos é quando entramos no sexto ano do ensino fundamental ou no primeiro ano do ensino médio, quando aumenta a complexidade e o currículo é interdisciplinar”, afirmou Paim.
Para diminuir a distorção ano-série, a Fundação Roberto Marinho e o MEC, por meio das secretarias estaduais de educação, estão implementando a metodologia telessala em 10 estados. De acordo com esse método, o professor atua como mediador de aprendizagem, utilizando, em suas aulas, os livros do telecurso, as teleaulas e material didático complementar – cadernos de cultura, livros de literatura, dicionários, mapas, com o objetivo de dinamizar o aprendizado e torná-lo mais atrativo.
De acordo com o diretor-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto, a primeira etapa da parceria atenderá 211 mil estudantes.
O presidente do Inep, Chico Soares, destacou que a educação deve se concretizar em resultados escolares e que o direito ao aprendizado deve ser garantido. “O tema do evento se relaciona diretamente com a trajetória regular e com o aprendizado”, disse. “A trajetória regular envolve, na idade certa, o acesso à escola, a permanência, a promoção e a conclusão”, explicou.
Soares ainda destacou a importância de políticas públicas e ações que promovem a redução das taxas de distorção, como os programas Mais Educação e Bolsa-Família, além do crescimento dos investimentos em educação.
“É preciso mudar a cultura de tolerância com a desigualdade. Além disso, a escola deve se adaptar ao aluno que atende e, com essa estratégia, garantir sua permanência e aprendizado”, afirmou.