Educação Integral

Educação Integral

"Uma nova geração de crianças que estão iniciando a vida na Educação só estudará em escolas de tempo integral. O futuro de Brasília é agora", afirma Agnelo Queiroz

Fonte: Correio Braziliense (DF) 10 de maio de 2014

No passado, como bem salientou o ex-presidente Juscelino Kubitschek, coube a Brasília a tarefa “de puxar, para o Oeste, a massa populacional do litoral, de forma a povoar o Brasil igualmente e, através desse empuxo migratório interno, realizar, quando muito no período de duas décadas, a verdadeira integração nacional”. (Kubitschek, J. Por que construí Brasília. Rio de Janeiro: Bloch, 1975)

Hoje, transcorridas mais de cinco décadas desde a inauguração de Brasília, estamos reconstruindo o Distrito Federal. À Brasília futurística, patrimônio mundial, cabe equacionar os problemas decorrentes do próprio crescimento. O desafio é transformar Brasília em cidade referência mundial, uma verdadeira capital do desenvolvimento humano.

É dessa percepção que emana a diretriz de governo. E é a partir dela que estamos iniciando uma revolução no Distrito Federal: a implantação da Cidade-Escola Candanga.
Uma cidade-Escola é o espaço no qual todos têm a possibilidade de aprender e ensinar. A Escola ultrapassa os seus limites, o seu território, e convida a comunidade a participar, a aprender. Os muros Escolares são transpostos, e o acesso ao conhecimento passa a pertencer a todos, transformando a Escola em fonte irradiadora de cultura e conhecimento.

É de conhecimento público que há um grande número de Escolas no Distrito Federal, fruto do esforço contínuo do Estado em assegurar o direito dos cidadãos à Educação. O fato novo é que agora temos uma cidade-Escola: Brazlândia.

A Cidade-Escola Candanga surge, portanto, a partir da arrojada implementação de sua proposta em 23 Escolas de Brazlândia. Essas unidades Escolares, que vão desde a Creche ao Ensino médio, estão prontas para o atendimento em sete ou 10 horas diárias.

A iniciativa visa beneficiar até 11 mil Alunos da rede pública. Esses estudantes terão acesso a esportes, artes plásticas, teatro, iniciação científica, línguas estrangeiras, Educação ambiental, musicalização e outros projetos pedagógicos.
Para que isso fosse possível, foram repensados tempo e espaço, e uma outra organização de trabalho pedagógico foi planejada, de modo a propiciar, nesse templo ampliado, um espaço de aprendizagem significativa e, principalmente, voltada às possibilidades que a cidade lhe oferece.

Participam desta primeira etapa dois centros de Educação infantil, 11 Escolas classes, um Caic, três centros de Ensino fundamental, dois centros educacionais, um centro de Ensino médio, um de Ensino especial e um de línguas.

Foram contratados nutricionistas, psicólogos, Professores de informática, além de Professores específicos para a Educação infantil e Educadores sociais; aumentamos o número de coordenadorias pedagógicas; estamos firmando parcerias com a Vila Olímpica, a administração da cidade, a Secretaria de Saúde, o Detran, o Jardim Botânico e universidades; oito Escolas foram ampliadas; e teremos a primeira Escola parque construída fora do Plano Piloto.

A Cidade-Escola Candanga abriga, dessa forma, não só a possibilidade de uma cidade desenvolver um novo conceito de Escola, um novo conceito de Educação, mas também um novo conceito de gestão na Educação.

Nosso desafio será não só valorizar cada vez mais a Escola, de modo a preparar o educando para a vida, mas implantar gradativamente a em todo o Distrito Federal.

Sigamos em frente, sem hesitar. O Brasil precisa de respostas sustentáveis, e esse é um passo decisivo que estamos dando para a construção de uma sociedade mais justa. Temos realizado grandes obras, mas a maior delas é justamente a que busca dar oportunidade para nossas crianças.
Uma nova geração de crianças que estão iniciando a vida na Educação só estudará em Escolas de tempo integral.
O futuro de Brasília é agora. 




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