Na melhor das hipóteses, as atividades escolares em Faxinalzinho serão retomadas somente na próxima quarta-feira. A interrupção das aulas, motivada pela tensão entre índios e agricultores que disputam a hegemonia sobre terras na região norte do Estado, completará 15 dias na segunda-feira. Entre os prejudicados, estão cerca de 700 estudantes das quatro escolas municipais e duas estaduais do município.

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A segunda-feira, dia que irá marcar os 26 anos de Faxinalzinho, será de feriado na cidade. Na terça-feira, o vice-prefeito James Torres (PDT) irá coordenar uma reunião com os professores locais para avaliar as condições de retomada das aulas.

– Vai ser verificado o ambiente, o efetivo da Brigada Militar. Se as coisas estiverem bem, voltamos na quarta-feira com as aulas – diz o prefeito Selso Pelin (PPS).

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Ele não poderá coordenar a discussão com os educadores porque viaja, neste domingo, para Brasília, onde participará da Marcha dos Prefeitos. Ele irá retornar a Faxinalzinho somente na próxima sexta-feira.

– Em Brasília, uma das questões que a marcha vai querer discutir é justamente a demarcação das terras indígenas. Hoje, esse é um grande problema enfrentado pelo governo Dilma Rousseff, que não toma posição. Aqui em Faxinalzinho, o processo atual já dura 12 anos – diz Pelin.

Depois da prisão de cinco indígenas na sexta-feira pela Polícia Federal, todos suspeitos de terem responsabilidade pelo assassinato de dois agricultores, o prefeito recebeu conselhos para deixar a cidade. Havia risco de revoltas e os próprios indígenas informaram que caravanas de tribos de outras localidades estavam se dirigindo para Faxinalzinho, o que foi abortado pelas lideranças caingangues quando diversos ônibus já estavam na estrada. Pelin nega que tenha deixado a cidade, mas confirma que se resguardou em um sítio de sua propriedade na localidade Linha São José, interior de Faxinalzinho.

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