Fórum explica como município trabalha a educação inclusiva

O Prêmio de Educação Inclusiva recebido pelo município de Erechim no final de 2013 rende um intercâmbio entre cidades brasileiras promovido pelo Ministério da Educação (MEC). Nesta quarta (2) e quinta-feira (3), representantes do MEC estiveram no município para conhecer melhor o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Educação e pelas escolas municipais. Junto à equipe do ministério, o município de Pontal (SP), também enviou representantes.

Erechim foi a única cidade do Brasil a ter recebido o Prêmio de Educação Inclusiva em duas categorias, melhor experiência, com a Escola de Educação Infantil Irmã Consolata, e segunda melhor gestão do país, com a Secretaria de Educação. O prêmio, que está em sua terceira edição, é concedido pelo MEC e pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).

“Até hoje, nem mesmo um estado conseguiu incluir dois municípios com dois prêmios. Por isso Erechim tem um trabalho de tanto destaque pois, somente o município, teve o reconhecimento nas duas áreas. Agora outras cidades do Brasil querem conhecer como trabalhamos a educação inclusiva, por isso, com a visita do MEC, decidimos fazer um fórum explicando bem nosso trabalho”, declarou o secretário municipal de Educação, Alderi Oldra.

O fórum foi realizado durante todo o dia, na quarta-feira. Além da apresentação das escolas e da Secretaria de Educação sobre como é trabalhada a educação inclusiva em Erechim, a coordenadora geral de Políticas de Educação Inclusiva do MEC, Suzana Brainer, apresentou um debate sobre como tratar a educação infantil como uma política de inclusão. Durante a tarde, foi a vez da consultora do MEC, Maria Souza, debater as concepções da educação infantil.

Suzana, que na manhã desta quinta-feira visitou a Irmã Consolata, com o secretário municipal de Educação e a diretora da escola, Manoela Rigo, destaca o trabalho de Erechim. A coordenadora aponta o trabalho de inclusão de crianças com deficiência em sala de aula, junto a estudantes que não possuem nenhuma limitação.

“Eu fico muito feliz em conhecer o trabalho feito pelo município de Erechim. A educação tem que ser para todos e isso também inclui crianças com deficiência no ensino normal. Enquanto tantos lugares ainda trabalham de forma segregada, Erechim promove a inclusão e dá exemplo. A escola Irmã Consolata ganhou o prêmio, mas nós sabemos que o trabalho é muito maior, que Erechim tem muitas escolas que trabalham com a inclusão”, declarou.

Assim como houve a visita à experiência de Erechim, a Secretaria de Educação do Município também participará de outros intercâmbios no Brasil. Entre as cidades, estão a de Governador Valadares (MG), e as capitais mineira, Belo Horizonte, e paranaense, Curitiba.

Oldra falou sobre o trabalho em conjunto pela inclusão. “Não é por acaso o prêmio que Erechim ganhou. O resultado é soma do esforço de todos, da Secretaria de Educação, das direções, coordenações, das professoras e funcionários e também do entendimento da administração municipal, que investimento em educação muda a vida das pessoas.”

Para o secretário municipal de Coordenação e Planejamento, Anacleto Zanella, após o reconhecimento do trabalho das escolas, é preciso avançar com o exemplo. “Nós temos escolas que promovem a inclusão, mas queremos também uma escola inclusiva, com ruas com acessibilidade, com calçadas acessíveis. Precisamos levar o modelo que dá certo nas escolas também para o restante da cidade.”

http://www.pmerechim.rs.gov.br/noticia/8321/03-04-2014/mec-faz-intercambio-para-conhecer-educacao-de-erechim