Reformular a prova do Pisa
OCDE pretende reformular a prova do Pisa
Para Dirk Van Damme, chefe do departamento de Educação da OCDE, ainda faltam critérios técnicos para medir competências socioemocionais na prova
Fonte: Valor Econômico (SP)
Na esteira das discussões sobre a limitação das atuais avaliações que medem a qualidade do Ensino e a necessidade de se criar indicadores para verificar o impacto na Educação de competências não cognitivas ou socioemocionais - como responsabilidade, cooperação, disciplina e persistência -, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pretende reformular o seu Pisa (Programme for International Student Assessment).
Realizada a cada três anos em mais de 60 países, inclusive no Brasil, a prova é a ferramenta de mais larga escala do mundo para aferir conhecimento de Alunos da Educação básica de Escolas públicas e privadas.
Durante participação, ontem, no "Fórum Internacional de Políticas Públicas - Educar para as competências do século XXI", organizado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Ayrton Senna em São Paulo, o chefe do departamento de Educação da OCDE, Dirk Van Damme, disse ao Valor que ainda faltam critérios técnicos para medir competências socioemocionais na prova do Pisa, mas que para a edição de 2015 os Alunos também serão avaliados por exercícios de resolução de problemas, além dos tradicionais testes de língua, matemática e ciência. Para a edição do exame de 2018, a área técnica da OCDE estuda incluir outras duas habilidades: cidadania e trabalho em equipe.
"Estamos interessados em expandir as três tradicionais variáveis de avaliação do Pisa. Vamos dar notas para essas novas habilidades, assim como nos testes de línguas, contas e ciências. Nosso trabalho é fazer com que essas novidades sejam mensuráveis e contribuam para identificar problemas e estimular políticas educacionais", comentou Van Damme.
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