No Brasil, as escolas dos níveis fundamental e médio são obrigadas a seguir uma carga horária de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).
O horário em que essas aulas serão dadas segue diretrizes das secretarias de educação dos Estados e municípios. Mas, apesar de serem apenas diretrizes e não determinações fechadas, poucas escolas fogem à regra de que as aulas do período matutino começam entre 7h e 7h30.
Uma das raras exceções em São Paulo é o da escola estadual Francisco Brasiliense Fusco, no Jardim Umarizal, na zona oeste da capital. Há cinco anos, a diretora Rosangela Macedo Moura resolveu desafiar a lógica predominante - em que alunos a partir do 6º ano (antiga 5ª série) estudam de manhã e os de anos anteriores, à tarde - e inverter de turno os estudantes.
"Depois de 20 anos vendo aluno meu dormir de manhã na aula, cansei e resolvi mudar o horário das crianças e dos adolescentes", diz Rosangela. Assim, os alunos do 1º ao 5º ano do Fundamental (1ª a 4ª série) passaram para a manhã. "As crianças estão cheias de energia nesse horário. Funciona superbem para eles."
E, em contrapartida, os estudantes do 6º ao 9º ano (antigo ginásio) e os do ensino médio (antigo colegial) começaram a estudar à tarde. "Vimos uma melhoria imediata. O nível de faltas entre os alunos mais velhos despencou, enquanto o rendimento melhorou muito", conta a diretora.
Segundo ela, no começo, os resultados rápidos só comprovaram o que já se sabe sobre adolescentes. "Eles têm muita dificuldade em acordar cedo. Eles não costumam 'funcionar' antes das 9h. É principalmente uma questão hormonal, mas também há o fato de que, cada vez mais, eles ficam até de madrugada na internet, dificultando ainda mais acordar de manhãzinha."
Rosangela afirma que, no início, houve resistência por parte de alguns pais e de autoridades do sistema educacional, mas que logo o novo esquema foi aceito. "Mas são pouquíssimas as escolas aqui que se preocupam com esse relógio biológico dos alunos, mesmo vendo que em uma classe com 45 adolescentes, só uns 4 ou 5 estão bem acordados no começo da aula."
"Todos os diretores têm autonomia sobre os horários, mas muito têm medo de mudar. Quando eu alterei os turnos aqui, muitos me criticaram, dizendo que eu estava inventando moda."
Neste ano, todos os estudantes do 6º ao 9º ano do colégio ainda estão estudando à tarde. Mas Rosangela precisou passar para noite os do ensino médio. A diretora explicou que a mudança foi uma estratégia para que ela consiga, no ano que vem, implementar o período integral para todos os anos.
"Eu preciso mostrar que tinha salas livre à tarde, para convencer as autoridades que tenho como encaixar todos os alunos no período integral."
Segundo a diretora, tomar essa decisão foi triste, mas necessário. "Foi por uma boa causa, porque já está mais que provado que as crianças aqui precisam ficar o dia todo na escola."
Ela conta, no entanto, que o período integral também será ao seu estilo. "É claro que a aula vai começar só depois das 9 horas. Depois de todos os bons resultados que tivemos, não faria sentido voltar atrás e fazer as aulas começarem às 7h, com alunos atrasados ou dormindo nas carteiras."
http://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2014/03/21/escola-em-sp-inova-ao-inverter-turno-de-alunos.htm
Dez coisas que você não deve fazer enquanto estiver estudando
Deixar de estudar uma matéria porque você não gosta dela -
Nem todo mundo gosta de matemática. Mas você conhece alguém que tenha passado em um vestibular, por exemplo, sem saber o mínimo da matéria? O importante é intercalar: se você detesta matemática e adora história, pode começar com a primeira e, depois, se concentrar na disciplina mais "prazerosa" Leia mais Thinkstock
Deixar dúvidas para trás -
Não tirar dúvidas pode trazer sérios problemas. E se o que cair na prova for justamente o que você ficou com dúvida? É importante que o estudante frequente plantões ou arranje outros métodos para tentar entender o assunto. Durante os estudos, é prudente que ele anote os pontos obscuros da matéria para evitar que os esqueça Leia mais SXC.hu
Comer algo (muito) diferente na véspera de uma prova - Imagine a situação: um estudante tem, por hábito, comer uma feijoada de café da manhã, todos os dias. No dia do vestibular, ele decide comer algo "leve" e encara uma salada. O resultado é que, se ele não tiver sorte, pode até desmaiar de fome durante a prova. Claro que, em um dia de provas, o estudante deve preferir alimentos que deem energia (macarrão pode ser uma saída, por exemplo). No entanto, não dá para ingerir algo muito diferente do que se está habituado -o efeito pode ser pior. Peixes magros, linhaça, frutas amarelas e cítricas, muita água e chocolate amargo são alimentos que ajudam a manter a concentração Leia mais Rafael Wainberg/Divulgação
Não parar para descansar -
Não estude mais do que quatro horas por dia, além do período que você está na escola. Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, coordenadora do serviço de orientação do campus de Araraquara da Unesp (Universidade Estadual Paulista), recomenda uma soneca, caso o estudante esteja em casa depois de voltar da escola. "Descanse no mínimo 20 minutos. Uma cochilada. Eu fazia isso com meus filhos. Antes das 15h, não comece", diz Leia mais Aline Arruda/UOL
Fazer anotações pouco eficientes -
Quem nunca fez uma anotação e, dias depois, não conseguiu entender uma letra do que estava lá? Por isso, é importante ser preciso e criar estratégias de anotação, para que se tenha (pelo menos) ideia do que está na frente. Veja algumas dicas de como fazer boas anotações Leia mais Arte/UOL
Deixar de criar um hábito de estudos -
Segundo a professora Maria Beatriz, criar um "padrão" de estudos ajuda bastante. Por exemplo: reúna tudo o que você precisa no seu local de estudos -como caneta, cadernos, livros etc. De acordo com ela, isso, claro, pressupõe uma organização anterior, para saber exatamente o que é necessário. "O aluno fala: "Ah, esqueci minha caneta". Mas, daí, vai na geladeira pegar um suco..." Leia mais SXC.hu
Estudar em grupo e levar tablet, celular, notebook... -
Se os estudantes não tiverem um foco muito específico, esses objetos podem tirar a concentração e atrapalhar toda a organização de estudos. A professora Maria Beatriz ainda dá um aviso a pais e mães: não fiquem ligando para o filho para perguntar se ele está estudando. Isso só vai provocar o efeito contrário Leia mais SXC.hu
Usar a internet para estudar e deixar Facebook, Orkut e MSN abertos -
A professora Maria Beatriz dá um exemplo. "Tem alunos que dizem assim: "eu fico bem, deixo o computador ligado, estudo numa boa". Daí fica dando sinal [de chat] no Facebook", diz. Não serve a desculpa de "vou deixar o chat ligado para tirar uma dúvida com um amigo": você pode tirá-la, depois, pessoalmente ou em um plantão de dúvidas Leia mais Paul Sakuma/AP Photo
Usar estimulantes -
Tomar café, energético ou alguma bebida à base de cafeína na hora do estudo só adia o cansaço: ele volta, depois, muito mais forte. O ideal é parar de estudar e descansar um pouco Leia mais Lisi Niesner/Reuters
Usar provas muito antigas para estudar para o vestibular -
O ideal é pegar as provas aplicadas nos três últimos anos e verificar, também, se não houve mudanças no formato do vestibular. Questões de exatas, como as de matemática e física, por terem mais itens "clássicos", estão menos sujeitas a mudanças. No entanto, questões de história e geografia cobram mais itens da atualidade, o que deixa provas mais antigas desatualizadas Leia mais Adriano Vizoni/Folhapress
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