Obras no Instituto de Educação
Protesto pede reforma no Instituto de Educação, e secretário estadual afirma que prédio será restaurado
Jose Clovis de Azevedo diz que projeto está em conclusão e obra pode chegar a R$ 20 milhões
Trânsito foi interrompido na Avenida Osvaldo Aranha Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Professores e alunos protestaram, ao longo desta quinta-feira, contra as más condições do prédio que abriga o Instituto Estadual de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre. Em cinco momentos do dia — do início da manhã à noite —, o trânsito foi bloqueado na Avenida Osvaldo Aranha, bairro Farroupilha.
Com faixas, cartazes, tambores e gritos de "quem buzina quer reforma", os manifestantes pediam por reforma na construção histórica. Parte do teto dos banheiros masculino e feminino já desabaram. Infiltrações podem ser observadas nas paredes. Há sala interditada. O auditório tem problemas no forro e nas cadeiras.
— O colégio espera há anos. Está desabando — diz a estudante do 8º ano Mariana Demichei, 15 anos.
O ato foi organizado pelo Conselho Escolar, pelo Círculo de Pais e Mestres (CPM) e pelo Grêmio Estudantil. A diretora da instituição centenária, Leda Larratéa, salienta que é esperada uma verba emergencial para reparar o telhado.
Para o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, a manifestação é legítima, mas não ajuda para resolução do problema de forma imediata. Azevedo afirma que o colégio está no Plano de Necessidade de Obras (PNO) de forma diferenciada — como restauração e não reforma — e que o projeto está em fase de conclusão na empresa vencedora da licitação. Por ser uma construção tombada, o procedimento é mais demorado e envolve historiadores, arqueólogos e antropólogos.
— Estamos recebendo críticas por fazer o que ninguém fez, enfrentar o problema e fazer a restauração — disse o secretário. — A licitação foi muito difícil, porque a maioria das empresas não tem esses profissionais. "Deu vazia" três vezes — acrescentou.
Como o projeto ainda não foi concluído, não há previsão de início das obras. O custo da restauração deve ficar entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.
O protesto foi acompanhado pela Brigada Militar e pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Prédio histórico, que abriga obras de arte, tem estrutura deteriorada
Foto: Ricardo Duarte
ZERO HORA