Ciência sem Fronteiras não exigirá Enem
Ciência sem Fronteiras não exigirá Enem para mestrado, diz MEC
Enem só é obrigatório para bolsista de graduação, segundo ministro. De acordo com Paim, candidato não precisa ser aluno no Brasil.
Ministro José Henrique Paim, da Educação (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Os candidatos às bolsas de estudo do Ciência sem Fronteiras (CSF) para o nível de mestrado profissional não precisam fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como requisito para se inscrever no programa, afirmou na noite desta segunda-feira (24) o ministro da Educação José Henrique Paim. "No caso do mestrado, não [precisa]. No caso da graduação-sanduíche [precisa]", afirmou ele após evento de lançamento da Olimpíada de Língua Portuguesa, em São Paulo.
Quando essa modalidade de bolsas foi anunciada, em outubro de 2013, a informação do Ministério da Educação era de que os requisitos para estes candidatos incluíam uma nota mínima obrigatória no Enem, como forma de seleção dos bolsistas de acordo com o desempenho no exame.
Segundo explicou o novo ministro, o candidato à bolsa de mestrado profissional "vai pleitear a vaga dele no exterior a partir dos acordos que a Capes [Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] tem com as instituições, e não necessariamente precisa estar estudando". Os requisitos, neste caso, são apresentar o diploma da graduação, um projeto de mestrado "ligado ao trabalho que [os candidato] exerce" e uma instituição de interesse.
101 mil bolsas
Paim afirmou que tanto a Capes quanto o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) foram estruturados para dar conta do aumento de bolsistas. Segundo o ministro, antes do CSF, o número de bolsas de estudo no exterior dos dois órgãos era de cerca de 5 mil por ano, número que agora subiu para 60 mil.
"Os ministérios se prepararam para atender 101 mil bolsas", disse ele. Parte dessas bolsas, que seriam financiadas por entidades privadas, ainda não saíram do papel. De acordo com o ministro, a expectativa do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia é de que as empresas entrem em um acordo para repassarem os valores. "Vamos continuar o diálogo na expectativa de que vão assinar o contrato", explicou ele, afirmando que um plano alternativo para o financiamento dessas cerca de 11 mil bolsas só será pensado caso não haja acordo.