Escolas adiam volta às aulas

Escolas adiam volta às aulas

Escolas adiam volta às aulas devido a condições precárias           Rejane diz que sindicato viajará pelo Estado

                    
Rejane diz que sindicato viajará pelo Estado                                            

A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane Oliveira, informou ontem que várias escolas da rede estadual não iniciaram as atividades nesta segunda-feira, como previa o calendário da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), por conta da precariedade da estrutura física das salas de aula, pelo déficit de professores ou por falta de condições de trabalho. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa. O sindicato ainda está contabilizando o número de colégios que não estão preparados para o começo do ano letivo.

A Escola Estadual Uruguai, no bairro Moinhos de Vento, na Capital, é uma das que não abriu na segunda. “Esta escola não vai começar as atividades nem mesmo no mês de março, porque falta até o telhado. Há outras que não têm o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Há ainda um grande número de colégios onde faltam professores. Até o final do próximo mês, vamos percorrer o Estado, avaliando a situação do ensino”, ressaltou Rejane.


A presidente do Cpers condenou também as diretrizes da Seduc, que, segundo a líder sindical, prevêm turmas de 35 a 45 alunos no Ensino Médio e o agrupamento de até três séries diferentes na mesma turma de Ensino Fundamental. “Isso prejudica o aprendizado e sobrecarrega o professor”, criticou.


No entanto, a secretária-adjunta da Seduc, Maria Eulalia Nascimento, não confirma a informação, afirmando que algumas escolas de Ensino Fundamental do Interior estão implantando os Ciclos de Formação, nos quais os alunos são agrupados por idade e não por série. “Estamos implementando os Ciclos de Formação principalmente naquelas escolas do campo, onde existem turmas com dois, três, cinco alunos. O que acontece que é que no mesmo ciclo temos estudantes de seis, sete e oito anos, por exemplo. Se estes alunos estivessem numa escola seriada, estariam em turmas diferentes”, argumentou. 


Os sindicalistas reclamam ainda do número insuficiente de educadores, e cobram que o governo nomeie os mais de 13 mil aprovados no concurso realizado em 2013. Eles calculam que a contratação desses professores, somado ao quadro atual, atenderia de maneira plena a demanda por educadores. Segundo o Cpers, até agora foram nomeados menos de 5% dos aprovados, e muitos contratos temporários foram prorrogados. A secretária-adjunta reconhece que houve prorrogação dos contratos. Mas garante que 10 mil professores que passaram no concurso de 2013 serão nomeados em até dois anos. 


Em 10 de março, a entidade promove um encontro com os professores que passaram no concurso para discutir estratégias para viabilizar a nomeação. Além disso, o sindicato exige o pagamento do piso nacional, a conversão de um terço da jornada de trabalho em horas-atividades e a efetivação do plano de carreira para os funcionários das escolas. A categoria se reúne em assembleia no dia 14 de março, às 13h30min, no Ginásio Gigantinho, quando decide se fará ou não greve.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=155202




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