Ano letivo começa com falta de...
Ano letivo começa com falta de professores e escolas desestruturadas
O CPERS/Sindicato apresentou na manhã desta terça-feira (25), em entrevista coletiva, os principais problemas verificados no início do ano letivo no Rio Grande do Sul. Como nos três anos anteriores, as escolas começam as atividades com sérios problemas de infraestrutura. Em muitas, as aulas começaram no decorrer do mês de março e em outras apenas em abril. Esses são os casos, por exemplo, das escolas
Uruguai, em Porto Alegre, e Cel. Álvaro de Moraes, em Montenegro. Na foto ao lado, a coluna de sustentação do ginásio da escola Mário Quintana, de Alvorada, está comprometida. Já a escola Orestes Leite (foto abaixo), em São Francisco de Paula, apresenta graves rachaduras nas paredes.
Para resolver o problema da falta de professores e garantir a implementação do 1/3 de hora-atividade em todas as escolas da rede, a solução passa pela imediata nomeação dos 13.105 profissionais aprovados no concur
so realizado no ano passado e manutenção dos atuais 21 mil contratados. Mas até o momento, apenas 625 concursados foram nomeados. Mas o governo aprovou projeto, na Assembleia Legislativa, para abrir novos contratos. O sindicato irá entrar com ação coletiva para garantir a nomeação dos aprovados no concurso e impedir as novas contratações. No dia 10 de março, na sede do sindicato, será realizado um encontro com os concursados para discutir formas de mobilização e pressão para garantir as nomeações.
Para discutir pontos ainda pendentes, o CPERS/Sindicato solicitou audiência ao governo do Estado. Documento foi protocolado, no dia 11 de fevereiro, na Casa Civil e na Secretaria da Educação. Até o momento, o governo não se manifestou. Na pauta, entre outros pontos, constam o abono de faltas, o projeto de auxílio-alimentação, a nomeação de concursados, a inclusão de funcionários no plano de carreira e 1/3 de hora-atividade. Aliás, o governo ainda não abriu o processo de realização de concurso para funcionários. Hoje a sobrecarga de trabalho provoca afastamentos frequentes por motivos de saúde.
Reunido no dia 14 de fevereiro, o Conselho Geral do sindicato decidiu pela construção, junto à categoria, de uma greve por tempo indeterminado. No momento, o tema está sendo
debatido pelos educadores nas escolas. A deliberação final será tomada em assembleia geral marcada para o dia 14 de março, às 13h30min, no Gigantinho, em Porto Alegre.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato