Adaptação à mudança

Adaptação à mudança

Projeto propõe adequação do horário de verão ao início do calendário escolar

Objetivo é minimizar os transtornos causados aos estudantes

Projeto de Lei promete disciplinar a adoção do horário de verão com o retorno do calendário escolar. De autoria do senador Gim Argelo (PTB-DF), e apresentado na última sexta-feira, o projeto estabelece, caso seja aprovado, que o horário de verão deve terminar no último domingo de janeiro, antes que os estudantes voltem às aulas.

De acordo com o senador, o objetivo é minimizar os transtornos causados aos estudantes que iniciam o ano escolar no horário de verão e pouco tempo depois têm que se adaptar à mudança no horário.

— Em outubro os alunos mudam de horário e quando é no começo do ano eles são obrigados a acordar mais cedo. Como o ano letivo geralmente começa na primeira semana de fevereiro, até que o horário se encerre, eles são obrigado a acordar mais cedo e isto afeta o desempenho escolar na retomada às aulas — disse o senador.

Iniciado no dia 20 de outubro do ano passado, o horário de verão terminou neste domingo, 12 dias depois do início das aulas na rede pública do DF. Segundo o projeto, os relógios poderão ser adiantados a partir do primeiro domingo de outubro e retornando obrigatoriamente uma hora até o último domingo de janeiro.

— Sei que o horário de verão é importante para a economia de energia elétrica no país, mas acredito que esta mudança ajudaria muito no desempenho dos estudantes. Alguns professores me relataram que há alunos saindo ainda no escuro para assistir aula e essa mudança evitaria este tipo de transtorno — justificou Argelo.

Ele acredita que o projeto possa ser aprovado ainda em 2014.

Iniciada no verão de 1931/1932, a medida é adotada sempre nesta época do ano, quando os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas. Caberá ao Poder Executivo definir, anualmente, a necessidade de adoção da hora de verão e os estados em que será implementado. Este ano, os impactos do horário de verão na economia de energia ainda não foram divulgados pelo governo.

A expectativa do Ministério de Minas e Energia era a de que a redução da demanda nos horários de pico, com a adoção do horário de verão no período 2013-2014, ficasse entre 4,5% e 5%, com redução de consumo geral do sistema de 0,5% em média. No Distrito Federal, a redução da demanda máxima de energia no horário de pico (das 18h às 21h) foi 4%, representando demanda da ordem de 45 megawatts (MW). Segundo a Companhia Energética de Brasília (CEB), a redução equivale a, aproximadamente, um alívio no carregamento do sistema correspondente à carga da cidade do Guará (a 10 quilômetros do Plano Piloto) no horário de ponta.

Veja no mapa abaixo onde é aplicado o horário de verão no Brasil

AGÊNCIA BRASIL

Zero Hora




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