Investimento maior na Copa que na Educação
Governo investe mais em estádios da Copa do que em Educação
Levantamento mostra que municípios que serão sede da Copa receberam do governo federal mais recursos para a construção e reformas de estádios do que para a Educação
Dos 12 municípios que serão sede da Copa do Mundo, nove receberam mais verba federal para a construção e reforma de estádios do que para a educação entre 2010 e 2013. O levantamento foi feito pela agência de jornalismo investigativo, Agência Pública, com base em dados da Controladoria Geral da União (CGU).
De acordo com os dados da CGU, apenas Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro receberam mais recursos para a Educação do que para obras em instalações esportivas.
O levantamento da Agência Pública levou em conta apenas os recursos federais repassados aos municípios, sem contabilizar a verba desembolsada pelos estados e pelas prefeituras de cada município sede.
Recife, por exemplo, recebeu três vezes mais recursos do governo federal para a construção da Arena Pernambuco do que para a Educação.
No caso das exceções, o estádio de Brasília foi o único que não teve investimento direto do governo federal. Toda a verba utilizada na construção do estádio Mané Garrincha veio da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), que tem o governo como sócio minoritário. No período de 2010 a 2013, a capital federal recebeu R$ 33 bilhões do governo destinados à Educação
O Rio de janeiro tomou emprestado do BNDES R$ 400 milhões para reformar o Maracanã, mas investiu R$ 1,6 bilhão na Educação do estado. Construído pela iniciativa privada, o Itaquerão, de São Paulo, recebeu do BNDES um financiamento de R$ 400 milhões, enquanto a Educação recebeu R$ 460 milhões.
O levantamento da Agência Pública também mostrou que houve mais investimento em instalações provisórias para a Copa, como centros de mídia e torcedores VIP, do que em obras que ficariam de legado para a população, como mobilidade urbana e aeroportos.
Veja abaixo a tabela comparando os investimentos. As informações são do Portal Transparência e da CGU.
Fonte: Opinião & Notícia