Diretor do Julinho depõe em sindicância
O diretor do Colégio Júlio de Castilhos, Antonio Esperança, prestou depoimento na tarde de ontem na sindicância instaurada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). O processo serve para apurar possíveis irregularidades na escola, após publicação da reportagem Lições da Turma 11F, que revelou o cotidiano de uma sala de aula de uma das maiores e mais tradicionais escolas da rede pública do Estado.
O teor das declarações de Esperança não foi divulgado pela Seduc, que alegou caráter sigiloso da sindicância. Integrantes do CPERS/Sindicato foram impedidos de acompanhar o depoimento.
Para a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, a proibição foi arbitrária. Ela afirmou que o diretor apresentou documentos do governo dando o aval para o plano de recuperação na escola e disse que, segundo os advogados que o acompanharam durante o depoimento, a atuação de Esperança está correta e de acordo com orientações da própria Seduc.
– Essa postura mostra cada vez mais que o governo abre essa sindicância com outro objetivo, que na nossa avaliação é o de atacar uma eleição democrática e jogar nos ombros da escola e dos professores os problemas da educação. É uma postura covarde. Para se justificar para a população, o secretário persegue a direção do Julinho. Se tem que haver alguma sindicância, é na Seduc – disse Rejane.
Procurado por ZH, o diretor do Julinho preferiu não se manifestar. Em nota, a Seduc afirmou que o expediente na secretaria, às quartas-feiras, é interno, e que o Sindicato não tinha agenda marcada, nem registrou pedido de audiência. A sindicância deve durar 30 dias.